domingo, 25 de fevereiro de 2007

Os prós e contras da rotulação das Necessidades Especiais

Os prós e contras da rotulação das Necessidades Especiais.

Fabiana M.

Ao percebemos alguém diferente, o fazemos tecendo comparação entre padrões de comportamento e geralmente reconhecendo, “instituindo”, como diferente aquele que se desvia do mais freqüente e/ou o julgado socialmente mais adequado. Portanto, a apreensão cotidiana do diferente nunca é desprovida de significado ou valor, seja positivo ou negativo.

Nesta perspectiva, o diferente seria aquele que não se encaixa em padrões gerais, pois sua forma de falar, de andar, pensar, desvia-se das normais. Ele “possui algo” ou “algo lhe falta”, e em conseqüência ele é diferente dos outros. Esse “ algo” transforma- se em palavras que irá designar a pessoa, ou seja, um rótulo. Nessa rotulação a pessoa perde sua identidade individual enquanto percebida pelos outros e é inserida num grupo que é marginal com referências aos padrões valorizados : torna-se estigmatizada. A rotulação resultante não é apenas a caracterização das pessoas rotuladas, mas também e deteriorização de sua identidade pessoal e social.

O termo estigma será sempre usado em referência a um atributo profundamente depreciativo. De acordo com Goffman (1998:13), “ um estigma é na realidade um tipo especial entre atributo e estereótipo...”, mas sabemos que um atributo que estigmatiza alguém pode confirmar a normalidade de outrem. Portanto ele não é em si mesmo, nem honroso, nem desonroso. O estigmatizado e o normal são partes um do outro.

a) Os prós da rotulação de pessoas portadoras de necessidades especiais.

- A rotulação pode se tornar uma boa oportunidade de auto- conhecimento.
No sentido em que o indivíduo possa tentar dedicar esforços individuais ao domínio de áreas de atividades consideradas inadequadas, devido as sua limitações;

-A rotulação permite que o indivíduo receba informações corretas, podendo assim receber os cuidados necessários e se estabelecer de forma mais construtiva e confiante;

-O indivíduo estabelece uma certa técnica para lidar com estranhos, de forma a diminuir a distância e o tratamento cauteloso, podendo romper o preconceito;

-Se o indivíduo for bem sucedido política e/ou financeiramente, passa a representar uma categoria, mas também não deixa de ser visto pela rotulação;

-O indivíduo rotulado pode usar o rótulo para ganhos secundários (desculpa pelo fracasso). Então sua desvantagem passa a ser usada para proteção;

-O estigmatizado pode ver seu "algo mais" ou "algo que falta" como benção secreta ou divina.
Pode optar por transformá-las em ensinamentos de vida.


b) Os contras da rotulação de pessoas portadoras de nessecidades especiais.

- Desconhece o estigmatizado o que as pessoas realmente pensam dele, em que categoria está enquadrado, causando grande insegurança nas relações e interações com os ditos normais;

- O indivíduo poderá se tornar muito agressivo ou muito tímido, estando pronto a ler estados não intencionais nas ações do outro;

-As pessoas, ditas normais, fazem vários tipos de discriminação através das quais reduzem as chances de vida, "impedindo uma vida normal, em comum", ao culpabilizar o indivíduo pelo seu estigma;

-O indivíduo passa a utilizar de técnicas para encobrir seu estigma, mas este poderá ser descoberto por algúem que esteja familiarizado, expondo seu detentor que se sentirá traído pela sua própria fraqueza;

-O sujeito passa a se cobrar muito, baseando- se naquilo que esperam dele;

-O sujeito passa a evitar contato com os "normais", esquematizando sua vida, de forma a evitá-los, tornando -se desconfiado, diminuído, inferiorizado, o que leva a concordar que está abaixo do que deveria ser. Principalmente quando é "o bode expiatório".



Para entender tal postagem é precisso saber que:

"(...) O Conceito de necessidades especiais é muito abrangente e não pode ser limitado a uma análise linear, centrada nas exigências do sujeito, apenas. Depreende -se, outroassim, que a identificação de necessidades especiais de pessoas ou de grupos impõe um recorte biológico, psicológico e social, não só para identificar a natureza das necessidades, bem como para estabelecer as condições de sua satisfação." ( Rosita Edler Carvalho)

Durante todas minhas postagem irei citar muito os trabalhos de Edler, que desde 1956 luta pela Educação Especial de nosso país.

Diagnóstico...


Fabiana M

Durante minha trajetória profissional, esbarrei com muitos profissionais da Educação e Saúde que não acreditam que o diagnóstico seja relevante.

Penso que o diagnóstico tem o papel de homogeneizar a linguagem, facilitando a comunicação entre os diversos profissionais , norteando a perspectiva de trabalho de cada um deles.

Entendendo que nossa atuação só poderia estar sendo desenvolvida se compreendêssemos o sujeito com quem estamos trabalhando, defendo um diagnóstico claro,com o objetivo de fornecer prognóstico e intervenção correta.

Durante uma Consultoria a um espaço de Educação Infantil prestada dentro de um Município do Interior do Rio de Janeiro, Conheci J. , uma menina prestes a completar 8 anos, diagnosticada tendo epilepsia de difícil controle. Percebi que a criança possuia um Transtorno Invasivo de desenvolvimento,apresentando crises convulsivas (algo muito comum nesse grupo), entrei em contato com sua Neuropediatra, para que juntas pudessemos fornecer a intervenção adequada para seu desenvolvimento dentro do Espaço de Educação Infantil( apesar de sua idade avançada e de algumas dificuldades que estavamos enfrentando nos momentos de agressão)

Essa me questionou sobre a importância do diagnóstico.
E só depois de muita conversa me enviou um laudo com a seguinte redação:

" Laudo médico

Paciente:J.

Diagnóstico: Epilepsia de difícil controle
Encefalopatia epilética

( decorrentes das descargas elétricas anormais) com as seguintes características:

1)disfunção no desenvolvimento de habilidades afetivos- sociais (interação com o meio ambiente, diálogo,abstração, relatar fato, etc.)

2)Dificuldade de coordenação motora

As alterações do desenvolvimento são, certamente decorrentes das crises precoces , que iniciam aos seis meses de vida, quando a parte da comunicação/linguagem corporal encontra-se em pleno desenvolvimento.

Portanto J. apresenta sinais que sugerem Transtornos Invasivos do desenvolvimento, porém secundária a própria epilepsia

Sugiro que a paciente seja mantida, por enquanto, o tempo que for possível, numa escola convencional

Estou à disposição para maiores esclarecimentos
Atenciosamente"
( o grifo veio no laudo)

Esse laudo nos leva a refletir sobre muitas questões e merece uma postagem à parte. No entanto, o que é importante frisar, no momento, é o porquê das pessoas estarem evitando falar em diagnóstico???

Será que Educação Inclusiva é a inserção do portador de necessidades educativas especiais dentro de Escolas regulares ???


 
 Esse mês,  li em um blog de uma amiga, a dificuldade que vêm encontrando
com seu filho, que ainda sem diagnóstico e por não saber ler e escrever
após 3 meses dentro de uma
“classe de alfabetização”, foi encaminhado
para a Educação Especial. Naquele momento muitas coisas passaram
pela minha cabeça...Alguns educadores ainda não conseguem enxergar
a construção da leitura e escrita como um processo e
a
Educação Especial ainda é tão pouco entendida....Pior que isso...
Deixam mães em " Noites em claro"
 
Recorte feito do blog da minha amiga: 
“Qual não é a minha surpresa quando, após n
reuniões na escola, a pedagoga decide
mandá-lo para uma escola de ensino especial
(para alunos com sérios problemas de
desenvolvimento,autismo, ADHD, etc).
O motivo, pasmem:o menino está há 3 meses
na classe de alfabetização e ainda não
consegue ler e escrever (o que eles esperam?),
além de ter dificuldades de concentração,
e problemas no motor fino para segurar o lápis
(ele sempre teve problemas no desenvolvimento
motor).”
 
Não conheço o histórico da criança e muito menos da instituição;
ignoro os decretos sobre o assunto do país em questão (Holanda)
, porém fica claro que a pedagoga da escola se encontra perdida
e sem saber lidar com uma criança que apresenta um desenvolvimento
diferente das outras, ou seja, que ela é uma educadora que só consegue
trabalhar com a homogeneidade. Como se isso fosse possível...

Os instrumentos diagnósticos atuais são realizados através das descrições dos sintomas e comportamentos, servindo como uma orientação para FACILITAR a investigação e orientar o tratamento e intervenções.

Segundo a introdução do DSM IV, ao longo da história fez-se necessário uma classificação dos transtornos mentais. Durante muitos anos foram desenvolvidas inúmeras nomenclaturas para tais transtornos que se diferenciavam no que dizia respeito a sua etiologia e critérios diagnósticos.

Em 1840, foi feito um censo, nos Estados Unidos da América (EUA), com o objetivo de coletar informações estatísticas para registrar a freqüência de “idiotismo/insanidade”, sendo a primeira tentativa de coleta de informações sobre a Doença Mental no país.

Já no século XX, foi percebido que estes dados estatísticos precisavam ser trabalhados criando nomenclaturas nacionalmente aceitáveis. Então, foi publicada a primeira edição da Nomenclatura Classificada Estandardizada de Doenças da Associação Médica Americana.

Em conseqüência da Segunda Guerra Mundial, o Exército Americano desenvolveu uma nomenclatura muito mais abrangente, em busca de uma melhoria de qualidade no atendimento dos homens em combate e dos veteranos de guerra. Diante deste avanço, a Organização Mundial de Saúde (OMS), publicou a sexta edição da Classificação Internacional de Doenças (CID), incluindo pela primeira vez uma seção para Transtornos Mentais.

Alguns anos depois, o Comitê de Nomenclatura e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana desenvolveu uma variação da sexta edição da CID, publicando em 1952 a primeira edição Diagnostical and Statistical Manual (DSM I). Este foi o primeiro manual oficial sobre Transtornos Mentais a focalizar a utilidade clínica e não mais a estatística.

Como vimos à organização das CIDs e dos DSMs, foi desenvolvida baseada em uma relação dialética com as pesquisas empíricas produzidas pela comunidade científica, contribuindo mutuamente para a construção de uma nomenclatura universal.

Tanto a CID 6 quanto a CID 7, não foram amplamente aceitas pela comunidade científica devido a sua metodologia classificatória, pois esta sentia necessidade de encontrar definições mais claras e específicas para desenvolver diagnósticos clínicos mais fidedignos.

Buscando atingir estes objetivos, a OMS publicou a CID 8 que serviu como base para a segunda edição do DSM. O desenvolvimento do DSM III seguiu os avanços da nona edição da CID, trazendo desta vez uma grande contribuição metodológica já que incluíram critérios explícitos de diagnóstico, a criação de um sistema classificatório denominado multiaxial e o enfoque descritivo com uma tentativa de neutralidade em relação às etiologias.

Os objetivos destas publicações eram diferentes. O DSM III (1980) tinha como intuito oferecer uma nomenclatura médica para clínicos e pesquisadores, enquanto a CID 9 (1975), buscava facilitar a coleta de estatísticas básicas na área da saúde. Portanto, este não atingia as demandas da comunidade científica americana, publicando assim a CID 9-MC (Clinical Modification), para uso naquele país.

No final da década de 80, foi publicado o DSM III-R com o objetivo de clarear os critérios diagnósticos. O DSM III, DSM III-R, CID 9 e CID 9-MC trouxeram grandes contribuições para o avanço do diagnóstico de Transtornos Mentais, facilitando o desenvolvimento de pesquisas empíricas. Muitas pesquisas, então, se voltaram para o estudo de critérios e validade de diagnóstico, beneficiando o desenvolvimento da CID 10 (1992) e o DSM IV (1994).
Nos dias de hoje, estes são os instrumentos mais aceitos e utilizados mundialmente
Como vimos à organização das CIDs e dos DSMs, foi desenvolvida baseada em uma relação dialética com as pesquisas empíricas produzidas pela comunidade científica, contribuindo mutuamente para a construção de uma nomenclatura universal.

No ano de 2001, realizei Prática Supervisionada em um Centro de Atendimento-dia para crianças, adolescentes e adultos autistas e portadores de outros Transtornos Invasivos do Desenvolvimento.

A Instituição foi fundada por uma Associação de Pais, em 1999 com o atendimento multidisciplinar e o acompanhamento permanente nas áreas de: artes, educação física, música, cozinha experimental, atividades da vida diária e da vida pessoal, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, pedagogia e assistência social.

Durante o estágio perpassei todos os serviços oferecidos pela Instituição, observando os atendimentos realizados pelos profissionais, acompanhamento das atividades de vida diária e pessoal, além das avaliações diagnósticas realizadas dentro de um ambulatório sitiado na Instituição.

No início li os prontuários com o intuito de orientar a Prática de Estágio Supervisionado. Observei que dos 17 (dezessete) pacientes matriculados, todos são do sexo masculino, 13 (treze) são considerados portadores de Trasnstorno Autista e destes, apenas 01 (um) apresenta laudo médico referindo-se ao instrumento diagnóstico utilizado.

Durante as observações das avaliações diagnósticas, verificamos que a população que chega a este tipo de instituição tem histórico muito particular de passagens por diversos espaços especializados ou não, trazendo relatos familiares e diagnósticos, muitas vezes, contraditórios. Nas observações dos atendimentos realizados e em conversas informais com a equipe, verifiquei que não existia clareza e coesão, quanto ao diagnóstico. Refletindo, questiono qual seria a influência desta compreensão diferenciada, sob o embasamento das diversas propostas de intervenção das equipes multidisciplinares.

Tive a oportunidade de observar a avaliação diagnóstica de P., uma menina de 11 anos de idade, que chegou acompanhada de sua mãe, apresentando uma marcha descoordenada, ataxia do tronco, uma microcefalia acentuada e estereotipias das mãos (levando-as à boca e apertando-as na altura média do corpo). Segundo o relato de sua mãe, P. apresentava um desenvolvimento aparentemente normal nos primeiros meses de vida. Anos antes, um médico levantou a hipótese de Síndrome de Rett, mas não fechou o diagnóstico. P. durante toda a sua história vinha sendo tratada como portadora de Transtorno Autista e devido sua idade já apresentava um quadro severo de escoliose.


Como podemos perceber, este é um quadro clássico de Síndrome de Rett, que vinha sendo tratado como Transtorno Autista. Acreditamos que Schwartzman (CORDE - 1994), tenha razão quando relata que cerca de 80% das meninas portadoras da Síndrome de Rett são diagnosticadas, em alguma fase da sua condição, como autistas.

Este caso nos remete a importância do diagnóstico diferencial, pois acreditamos que estes são aspectos determinantes para as propostas de intervenção de cada profissional. P. passou por vários especialistas, no entanto não recebeu o tratamento que lhe era mais necessário, ou seja, fisioterapia_ tão importante para o tratamento da Síndrome de Rett.


Levando-se em consideração que as meninas com Síndrome de Rett possuem um grave comprometimento mental e que muitas vezes o currículo formal não atende as suas necessidades particulares, os professores e profissionais da educação precisam estar atentos a estas questões.

De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica:

“Em casos muito singulares, em que o educando com graves comprometimentos mentais e/ou múltiplos não possa beneficiar-se do currículo da base nacional comum, deverá ser proporcionado um currículo funcional para atender às necessidades práticas da vida.

O currículo funcional, tanto na educação infantil como nos anos iniciais do ensino fundamental, distingui-se pelo caráter pragmático das atividades previstas nos parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º do Artigo 26 e no Artigo 32 da LDBEN e pelas adaptações curriculares muito significativas.

Tanto o currículo como a avaliação devem ser funcionais, buscando meios úteis e práticos para favorecer: o desenvolvimento das competências sociais; o acesso ao conhecimento, à cultura e às formas de trabalho valorizadas pela comunidade; e a inclusão do aluno na sociedade.”(2001, p.27)”.


Desta forma, o professor diante de uma aluna portadora da Síndrome de Rett deveria estar preocupado com a melhora das apraxias manuais e em estimular o uso de suas mãos para desenvolver certas habilidades e assim ser um facilitador do seu processo de inserção social.


Ainda durante as observações de avaliações diagnósticas conhecemos E., um menino de nove anos, que passou por diversos tipos de atendimentos. Seu pai na busca de um trabalho especializado encontrou a Instituição como uma alternativa. A avó e o pai de E. relataram que sua mãe havia falecido há cinco anos e percebi que sua história era contada de forma muito confusa, por eles discordarem muito A avó dizia que seu desenvolvimento tinha sido normal até os 3/4 anos, e que E. sempre gostou de dançar e jogar bola com os “amiguinhos”, até que começou a se portar de forma bastante diferente, evoluindo para o quadro atual. Seu pai relata que o menino já era “diferente” desde muito cedo e que ao chegar na idade de 3/4 anos perdeu a habilidade da linguagem já adquirida.

Considerando os aspectos trazidos no discurso de sua avó, E. seria diagnosticado como portador do Transtorno Desintegrativo da Infância, já que além de ter perdido suas habilidades lingüísticas, também teria perdido as habilidades sociais. Já pelo relato de seu pai, E. não apresenta os critérios para tal diagnóstico. Por falta de elementos que pudessem definir um histórico mais preciso, de acordo com as orientações DSM IV, E. foi diagnosticado como portador do Transtorno Autista.

A partir desta observação comecei a pensar que a diferença deste diagnóstico para o Transtorno Desintegrativo da Infância poderia levantar considerações importantes para as propostas de intervenção no campo da educação. Os sintomas do Transtorno Autista são percebidos desde tenra idade, enquanto no Transtorno Desintegrativo é percebido perdas das habilidades a partir dos 3 ou 4 anos após um desenvolvimento normal. Questiono-me se neste quadro clínico, poderíamos ignorar a história vivida, os conhecimentos adquiridos, os interesses descobertos e as relações estabelecidas que em poucos meses foram se desintegrando.

Voltando a E., verifiquei nas observações, que apesar dele não possuir uma linguagem verbal expressiva ou receptiva e tendo suas habilidades sociais bastante afetadas, chegando a apresentar heteroagressão e algumas estereotipias motoras ou maneirismos, (sempre aproximando sua mão direita flexionada, próxima aos olhos, unindo todos os dedos em forma de pinça e assoprando-os), em alguns momentos nota-se uma evocação representativa de um objeto ou acontecimento ausente através de significantes diferenciados, como, por exemplo, utilizar a bola de isopor para chutar como se fosse uma bola de futebol e sem uma proposta formal da pedagoga, trazer à tona coreografias aprendidas. Acredito que ele se utilize das condutas preservadas, (a imitação, o jogo simbólico e sua imagem mental), para resgatar os interesses que antes já possuía, segundo os relatos de sua avó.

Isto implica em uma atenção cuidadosa para o passado de aquisição/perdas e as inúmeras intervenções a serem realizadas no presente e futuro, em especial pelos profissionais da educação.

Acredito que a partir destas observações deixei claro que o diagnóstico diferencial é fundamental para uma ação educacional coerente e eficiente. Devemos cuidar para que o diagnóstico não deixe de ser um instrumento de avaliação para se tornar uma rotulação. O papel do diagnóstico é de facilitar, nortear o tratamento e não de aprisionar os indivíduos em rótulos.

“Mesmo considerando algumas ressalvas que podem ser feitas a diagnósticos psiquiátricos, é fato que ele é um constructo teórico para orientar o tratamento e a comunicação entre profissionais em um determinado período estabelecido, sendo falível e mutável; devido também ao fato de o diagnóstico” aprisionar” indivíduos(...)” (Cohen, 2000, p.95).

O fato de acreditar que o diagnóstico é fundamental para a escolha das intervenções mais adequadas à melhoria da condição de vida dos indivíduos, não significa a exclusão do olhar para eles como um sujeito singular.

Um exemplo disso seria as diferenças entre dois adolescentes, observados na Instituição, que possuem todos os critérios de diagnóstico para o mesmo quadro, ou seja, Transtorno Autista, porém receberiam intervenções muito diferentes.

Durante uma observação das atividades de vida diária, C. encontrava-se com um prato de macarrão com carne assada em sua frente, quando começou a chorar muito e apresentar auto-agressão. Ele não almoçou, mas aceitou a sobremesa continuando a chorar. Descobrimos mais tarde, através de sua mãe, que ele não gostava da comida que estava sendo servida e que poderia estar com fome, pois estava tomando remédio para abrir o apetite.

Em uma sessão da oficina de artes, foi proposto para um grupo de três meninos, que pintassem tecidos. C. em nenhum momento trabalhou sem que alguém estivesse segurando sua mão e em nenhum momento olhou para o que estava fazendo; qualquer descuido era suficiente para que ele levasse o pincel sujo de tinta à boca.

C. é um adolescente de 13 (treze) anos que não apresenta linguagem verbal, não possui controle esfincteriano, em suas atividades de vida diária é completamente dependente, quando quer algo, como, por exemplo, água e comida ele chora e grita sem dar mais pistas. C. também apresenta um prejuízo nas habilidades motoras.

Devido ao seu grave comprometimento cognitivo, acredito que ele não possa beneficiar-se do currículo de base nacional comum, portanto a intervenção mais adequada seria um currículo funcional que atendesse suas necessidades práticas da vida.

Apesar de F. de 14 anos também apresentar um comprometimento cognitivo, em atividades propostas, percebemos que não constrói frases utilizando apenas palavras isoladas, porém em alguns momentos parece não entender o sentido de algumas palavras que aprendera a articular. Todos os dias, quando chega na Instituição, seu pai tenta que ele fale “bom dia” para os funcionários, perguntando “como se fala quando chega?”. F. fica muito tempo articulando a palavra “obrigado” antes de desejar “bom dia”.

F. é um jovem que expressa o quer. Um dia, ele quis assistir televisão em um momento que não era o planejado, falamos que após o almoço assistiria, ele nos olhou e levantou-se do sofá. Quando acabou de almoçar, olhou em nossa direção e disse: “_Televisão”. Quando não gosta de uma comida, costuma jogá-la para fora do prato e quando questionado diz que não gosta.

F. tem o hábito de pedir para todos que desenhem para ele verbalizando os objetos que deseja. Em outros momentos, pega o papel, caneta e desenha descrevendo o que fez. Em uma atividade, foi pedido que ele se desenhasse e F. escreveu seu nome silabicamente com correspondência sonora.

Como podemos perceber, diferentemente de C., ele é um adolescente que apresenta linguagem verbal, imagem mental e um desenvolvimento cognitivo menos comprometido além de suas habilidades de auto cuidado preservadas, podendo assim, beneficiar-se do currículo da base nacional comum.
A menos de uma década atrás quadros distintos exigindo um olhar diferenciado e conseqüentemente uma intervenção própria, eram diagnosticados como uma mesma entidade.

Em nenhum momento proponho que ao se fazer intervenções devemos olhar apenas o diagnóstico e pelo contrário, devemos buscar suas possibilidades como um sujeito singular. Diante de um mesmo quadro, diagnosticado através do mesmo instrumento, faz-se necessário que seja verificado o tipo, a severidade e as diversas combinações das manifestações dos sintomas, que se observe seus desejos, suas motivações, seus afetos e que se compreenda sua história de vida.

Muitos profissionais da saúde e educação criticam o diagnóstico, afirmando que esse serve para rotular, trabalhando com as impossibilidades dos sujeitos.

Suponho que o diagnóstico tem algumas ressalvas, principalmente quando utilizado de forma inadequada. Porém, me sinto à vontade para afirmar que não podemos desconsiderá-lo, pois é ele que servirá para nortear nossa intervenção, levando em consideração às necessidades e possibilidades que cada um possui. Os diagnósticos são baseados em pesquisas, que por sua vez, orienta-se pelo diagnóstico. Um avanço nas pesquisas significa avanço nas propostas de intervenção.

Parece que esta realidade é um reflexo da falta de clareza do histórico das doenças mentais

Essa falta de clareza implica em intervenções também pouco claras e sem embasamento. Desta forma, podemos encontrar profissionais que ignoram as diferenças entre entidades clínicas distintas.

Muitas vezes o mesmo indivíduo é tratado por diversos profissionais como possuindo patologias diferentes. E o que é mais grave, dentro da mesma instituição.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Necessidades especiais...Do que estamos falando?

 
“Cada vez que o reino do humano me parece condenado ao peso
, digo para mim mesmo que a maneira de Perseu eu devia voar
para outro espaço. Não se trata de absolutamente de fuga
para o sonho ou o irracional.
Quero dizer que preciso mudar de ponto de observação,
que preciso considerar o mundo sobre outra ótica (...)”Calvino ,1997
 
 
 
 
Antes de descrevermos sobre a impotância do diagnóstico, é necessário
delimitar quem são os protagonistas da Educação Especial.
Os parâmetros Educacionais da Educação Especial (1994)
definem os seguintes grupos como alunados da Educação Especial:
 É aquele que, por apresentar necessidades
própriase diferentes dos demais alunos no
domínio das aprendizagens curriculares
correspondentes a sua idade, requer
recursos pedagógicos e metodologias
educacionais específicas.
Genericamente chamados de necessidades
educativas especiais, classificam – se:
portadores de deficiência
(mental, visual, auditiva, física, múltipla),
portadores de condutas típicas
(problemas de conduta)
e portadores de altas habilidades
(superdotação).
(PNEE, 1994)
 
No entanto, a partir das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial
na Educação Básica, aprovada em 03/07/2001, ocorreu uma ampliação
deste alunado, tal documento que tem como objetivo nortear todo o
trabalho da educação especial descreve que:
 
 
Tradicionalmente, a Educação especial tem sido concebida
como destinada apenas ao atendimento de alunos que
apresentam deficiências
(mental, visual, auditiva, física/motora e múltiplas);
condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos,
neurológicos ou psiquiátricos, bem como de
alunos que apresentam altas habilidades/superdotação.
Hoje, com a adoção do conceito de necessidades educativas
especiais, afirma-se o compromisso com
uma nova abordagem, que tem como horizonte a inclusão.
Dentre dessa visão, a ação de educação especial amplia-se,
passando a abranger não apenas as dificuldades de aprendizagem
relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências, mas
também aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica,
considerando que, por dificuldades
cognitivas, psicomotoras e de comportamento, alunos são
frequentemente negligenciados ou mesmo
excluídos dos apoios escolares.
O quadro das dificuldades de aprendizagem absorve uma
diversidade de necessidades educacionais,
destacadamente aquelas associadas a: dificuldades específicas
de aprendizagem, como dislexia e
disfunções correlatadas; problemas de atenção, perceptivos, emocionais,
de memória, cognitivos, psicolingüísticos, psicomotores , motores,
de comportamento e ainda a fatores ecológicos e
socioeconômicos, como as privações de caráter sociocultural e nutricional.
Assim, entende-se que todo e qualquer aluno pode apresentar, ao longo de
sua aprendizagem, alguma necessidade educacional especial, temporária ou
permanente, vinculada ou não aos grupos já mencionados.
 
 Concordamos com Edler, quando  em seu artigo
“Diferença, deficiência, necessidades educativas especiais”, descreveu que:
 
Em torno da questão das necessidades, no campo da Educação Especial,
constata-se o uso indiscriminado das expressões
necessidades especiais
e necessidades educativas especiais.
Ambas são muito abrangentes, o que têm gerado muitas e diversas
interpretações quanto ao atendimento educativo mais adequado.
Ainda oferecem o risco de criar um outro sistema de rotulação para
categorizar as necessidades...
Necessidades especiais podem ser consideradas como as
exigências de um indivíduo
...
Quando uma necessidade não é satisfeita ela interfere na qualidade de vida,
prejudicialmente(...)

Ainda segundo a autora, criou -se no imaginário coletivo dos educadores, uma idéia de que existe uma relação biunívoca entre necessidades educacionais especiais e deficiência, de tal modo que se incluem na condição de deficientes todos que apresentam necessidades educacionais...
 
Edler nos remete ainda aos superdotados que, igualmente,
possuem exigências próprias(...)
 
E com muita propriedade questiona:
 
Quem são, afinal, os alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais?
Ou indagando de outro modo:
que aluno, ao longo de seu percurso escolar,
nunca apresentou
em caráter provisório, ou permanente _
necessidades educacionais especiais?

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Contribuições para o avanço da psicopedagogia e importância da avaliação para o diagnóstico

Fabiana M.
Diversos estudos oferecem contribuições bastante expressivas para o avanço da psicopedagogia e consequentemente para as questões de aprendizagem e desenvolvimento.
A seguir destacarei três estudos que ,na minha opinião, são de maior relevância:
1) Emília Ferreiro - Nos estudos psicopedagógicos dos processos da leitura e escrita.
2) Vygotsky - Com seu modelo interacionista.
3) Pain e Visca- Com seus estudos voltados para uma teoria da prática psicopedagógica que integre a teoria piagetiana às contribuições da psicanálise, com o intuito de estudar as relações entre a inteligência e a afetividade.
A maior contribuição de Emília Ferreiro às questões do desenvolvimento e aprendizagem, foi dada quando ela deslocou a investigação de como se ensina a ler e escrever, para como se aprende. Através de seus estudos, ela apresentou uma outra forma de enxergar os problemas da leitura e escrita. Ferreiro salienta que o processo de leitura e escrita inicia-se muito antes do que a escola iomagina, portanto a criança leva para os bancos escolares suas hipóteses, que muitas escolas teimam em ver apenas como erros. Para a autora esses "erros" são "erros construtivos", portanto as escolas precisam levá-los em consideração.
Para Vygotsky, é a internalização das atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas, o que propicia ao homem transformar - se de biológico em sócio- histórico. Para ele a criança se desenvolve através das interações sociais: o desenvolvimento ocorre na presença de situações propicias ao aprendizado, ou seja, o aprendizado vem antes do desenvolvimento. Desta forma a teoria de Vygotsky apresenta uma visão ampla dos problemas de aprendizagem, tirando o peso que a criança carrega nas costas e dando ao meio uma responsabilidade maior.
Para entendermos uma outra contribuição que esse autor traz, é necessário citar os dois níveis de desenvolvimento potencial. O primeiro refere - se ás conquistas já consolidadas na criança, ou seja, ao que ela consegue realizar sozinha, sem a ajuda de outros. O segundo refere-se ao que a criança é capaz de fazer com a ajuda de outra pessoa( adultos ou crianças mais desenvolvidas), ou seja, nível em que as crianças são capazes de realizar tarefas através de pistas que lhe são fornecidas.
A distância entre esses dois níveis, foi denominado como zona de desnvolvimento proximal.
Para Vygotsky o valor dos testes no diagnóstico dos problemas de aprendizagem são restritos, pois estes medem apenas o nível de desenvolvimento real, deixando de lado as funções mentais em processo de construção. Portanto os métodos diagnósticos deveriam ser concentrados na zona de desenvolvimento proximal, pois através dela podemos dar conta dos processos em vias de se desenvolverem. O que uma criança pode fazer com assistência hoje, poderá fazer sozinha amanhã.
Desta forma é levado em consideração as capacidades das crianças e o rótulo de "incapaz" cai por água abaixo.
Pain e Visca vêem o ser humano de forma complexa, levando em consideração o ser como todo, um ser biológico, social, cognitivo e emocional. Desta forma, mostraram que o processo de aprendizagem e seus problemas envolvem muitos fatores, sendo necessário observar aspectos individuais de cada sujeito; dismistificando, assim, a concepção de problemas de aprendizagem patologizantes e contribuindo para que se verifique a necessidade de uma visão interdisciplinar, tão necessária ao falarmos de aprendizagem humana.

A avaliação psicopedagógica, tem como objeto de estudo, o ser cognoscente, ou seja, um ser complexo, com várias dimensões, que possui um funcionamento dinâmico e encontra-se em construção permanente. Ele constrói seu conhecimento, porém é determinado por suas várias dimensões.
"essas dimensões na medida em que determinam o ser cognoscente são constituintes no processo de construção do conhecimento(...)"

O ponto de partida para a construção do conhecimento desse ser em construção permanente se constitui em sua ação, ele ativamente compreende o mundo e resolve as questões que este lhe coloca. Nesta tentativa de compreender o mundo ele percebe, discrimina, organiza, concebe, conceitua e enuncia, porém de formas diferentes dependendo do estágio de desenvolvimento cognitivo em que se encontra.

Ele é um ser social, que se relaciona com os outros sujeitos, portanto suas relações também são constituintes no processo de construção de seu conhecimento.

Não podemos esquecer que o ser cognoscente além de sua dimensão racional (cognitiva) e relacional( interpessoal), possui um desejo que o impulsiona, ou seja, sua dimensão afetiva/desiterativa cumpre um papel determinante sendo o "motor" da ação do sujeito.

Ao pensarmos em avaliação, deveríamos ter em mente três perguntas: avaliar o que? Avaliar como? E avaliar por quê?

Comumente verificamos avaliadores fazendo avaliações irrestritamente, a avaliação, quando não é útil para o avaliador e para o avaliado, foge de seu objetivo tornando-se irrelevante.

Os testes são recursos, um instrumento de coleta de dados, porém o que faremos com o seu objetivo é classificar ou avaliar? Se para classificar ele terá caráter seletivo e excludente.

Caso uma avaliação seja feita, sem levar em consideração o que está acontecendo no momento que antecede o teste, nem o que ocorrerá depois, interessando – se somente pelo momento que está ocorrendo, não estará enxergando o avaliado como um ser em construção permanente. Caso não tenha atingido os resultados propostos, será reprovado, ou seja, excluído do grupo dos que sabem. Neste momento o avaliador tem seu poder ampliado, ou seja, detém o poder de excluir, e o avaliado é colocado em um lugar de fragilidade e ,muitas vezes, reage a isso.

A avaliação verdadeira é aquela que olha para o avaliado como um ser em construção permanente, não se interessando pela rotulação e julgamento e sim pela sua inclusão.

Uma avaliação verdadeira é inclusiva e diagnóstica, pois detecta as dificuldades para saber de que forma interferir para ajuda-lo a avançar.

Em uma avaliação verdadeira importa o que estava acontecendo antes da avaliação, durante a avaliação e o que acontecerá depois dela.

Uma avaliação verdadeira precisa visar o processo e não o resultado.

Em um processo de avaliação psicopedagógica precisamos percorrer as várias dimensões, pois somente assim entenderemos o funcionamento do sujeito.

A matriz diagnóstica de Jorge Visca é uma forma teórica de explicação, de como se faz uma avaliação. Ela é constituída por tópicos.

Proposta para um Espaço de Educação Infantil

PROPOSTA PEDAGÓGICA
ESPAÇO DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Por:

Fabiana M.


Para as nossas crianças, pelo muito que ensinam e a Deus por ter proporcionado a força mental para a execução desta tarefa



Se quisermos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história.
nova.
(Gandhi)

JUSTIFICATIVA

A partir do compromisso assumido na Conferência Mundial sobre Educação para todos, realizada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, foi firmado um compromisso de garantir a todos o direito a educação, independente de suas condições particulares, cabendo a cada país elaborar o seu Plano Decenal. Desta forma, a partir da década de 90, foi oficializado o movimento da escola inclusiva.
Este movimento implica a inserção de todos, sem distinção de condições lingüísticas, sensoriais, cognitivas, físicas, emocionais, étnicos, socioeconômicos ou outros e requer sistemas educacionais planejados e organizados que levem em consideração a diversidade dos alunos e ofereça respostas adequadas as suas diferentes características e necessidades.
No Brasil, o Plano Decenal de Educação para todos, elaborado em 1993, indicou as Diretrizes da Política Educacional. Dentro desse contexto foi sancionada a Lei Federal 9394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, trazendo como princípios norteadores da prática pedagógica a autonomia e a descentralização. O art.12 (inciso I) estabelece como incumbência primordial da escola a elaboração de sua proposta pedagógica.
Em respostas às exigências da Lei de diretrizes e bases, de 1996, o MEC publicou documentos oficiais destinados às escolas públicas e particulares brasileiras, como parâmetros não obrigatórios, mas orientadores da ação pedagógica: Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e o Referencial Curricular para a Educação Infantil.
A referente proposta pedagógica permeará no sentido de atender as normas comuns da educação nacional, vislumbrando também as características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela do Município.
Não é possível pensar numa proposta pedagógica sem que ela esteja vinculada à visão de mundo e de homem dentro da educação. Neste sentido, a presente proposta surge não apenas do cumprimento legal, mas também como conseqüência do tipo de sociedade e cidadão que pretendemos formar.



Cada vez que o reino do humano me parece condenado ao peso, digo para mim mesmo que a maneira de perseu eu devia voar para outro espaço. Não se trata de absolutamente de fuga para o sonho ou o irracional. Quero dizer que preciso mudar de ponto de observação, que preciso considerar o mundo sob outra ótica (...).
(Calvino)

PRINCÍPIOS POLÍTICOS, FILOSÓFICOS E METODOLÓGICOS


O fenômeno conhecido como globalização, que ocorreu na Economia Mundial, acarretado por transformações em diversos setores que alteram a produtividade e a troca modificou a posição da escola e de suas propostas.
Nossa sociedade passa por profundas modificações, onde as transformações e a acelerada produção de conhecimento, está exigindo um novo profissional, que possa lidar com um excesso de informação e seja capaz de resolver as questões que lhe são apresentadas ao longo da vida. A escola precisa se ajustar à sociedade globalizada, onde existe uma supervalorização do conhecimento. Nessa nova perspectiva de educação, não tem espaço para reprodutores de conhecimento, pois o que se espera e a formação de um sujeito que aprenda a aprender, se autogovernar , tornando-se autônomo e não apenas um mero receptor de informações. No entanto, a escola não pode esquecer o seu papel de agente de transformação social, pois, caso contrário, corremos o risco de formarmos apenas um estudante que atenda as necessidades do mercado de trabalho.
Nenhuma prática educativa é neutra, ou seja, toda ação educativa está fundamentada em uma visão de homem e de mundo. Se acreditarmos que o sujeito de aprendizagem é um ser em construção permanente, sendo “produto e produtor da história”, sendo não somente modificado pelo seu meio, porém tendo a possibilidade de modificá – lo, teremos uma prática que valoriza um sujeito que além de autônomo seja crítico, podendo transformar a sociedade e fugir do paradigma do consenso.
Na sua trajetória o homem busca alcançar vários objetivos, dentre eles a independência financeira e profissional, sucesso e estabilidade. Muitas das vezes, a busca excessiva por eles, faz com que o homem se torne egoísta, chegando a passar por cima de qualquer obstáculo para alcançá - los, pois vivemos em uma sociedade consumista onde o “ter” vêm sendo mais valorizado do que o “ser”.
O temos como ideal formar crianças participativas, voltadas para a realidade, com opiniões próprias, que lutem pelos seus direitos respeitando o outro e cumpram com seus deveres, ou seja, formar cidadões participativos, críticos e conscientes.
Nossa educação está baseada no respeito às diferenças sociais, culturais, familiares, étnicas, religiosas, filosóficas, políticas e econômicas.
Durante muitos anos pensou - se em atendimento para crianças de 0 -6 anos como um serviço meramente assistencial, onde as mães deixavam seus filhos com o único objetivo de que eles tivessem os cuidados básicos atendidos, enquanto elas trabalhavam.
Durante toda a história da Educação Infantil, verificamos “avanços e retrocessos” e inúmeras tentativas da Educação Infantil ter um caráter educacional. No entanto a visão que durante anos prevaleceu foi a visão assistencialista
Em meados da década de 70, ocorreu um movimento que ficou conhecido como educação compensatória, ou seja, o conceito que predominava era o de que a criança pobre apresentava dificuldades de aprendizagem devido a sua condição social e que a pré - escola era necessária para compensar certas deficiências, diminuindo o número de fracasso escolar nas séries posteriores, quando começaram a entender que essa criança não possui atrasos, mas diferenças de momento em relação a outras crianças, devido ao contexto em que vivem, isto foi corrigido.
Em um processo dialético, que envolve a construção de conhecimento sobre Educação Infantil e o desenvolvimento de políticas públicas na área, a E.I está tomando um lugar de destaque na educação nacional, com novas tendências sendo estabelecidas.
Hoje sabemos que as crianças estabelecem contato com o meio desde o seu nascimento, incorporando a cultura dos adultos, sendo o adulto o mediador entre sujeito e conhecimento,permitindo que a criança atue sobre o mundo.
As novas tendências estão apontando a necessidade de que a Educação Infantil incorpore as funções de “cuidar e educar” ,pois não existe o cuidar sem o educar, da mesma forma de que quem educa, cuida. Esses processos são complementares e indissociáveis na Educação Infantil.
A constituição de 1988 deu um grande impulso à E.I. Esta passou a ser um direito da criança e uma opção da família, determinando a obrigação do Estado.

“Artigo 208. O dever do Estado com a educação será efetivada mediante a garantia de :
IV- atendimento em creche e pré - escola às crianças de zero a seis anos de idade “.

No entanto, foi a Lei de Diretrizes e Bases de dezembro de 1996, a grande responsável pela maioria das mudanças que se pretendem na área de E.I
No artigo 29 a LDB define, que a educação “tem como finalidade o desenvolvimento integral das crianças até seis anos de idade, em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”
A LDB reconhece neste artigo a necessidade de uma proposta cujo objetivo, seja o desenvolvimento integral da criança.
Em seu artigo 21, A LDB coloca a E.I como parte integrante do sistema de ensino, entendendo a criança como um sujeito de educação a partir do nascimento

Artigo 21. A educação compõe-se de: I. Educação Básica, formada pela Educação Infantil, ensino fundamental e ensino médio; II. educação superior ““.

Dessa forma, as creches e pré - escolas não são mais vistas como um serviço meramente assistencial, nem se limitam a um estágio preparatório para os estudos.
Foi com o objetivo de mudar a visão de Educação Infantil como um espaço onde as crianças eram “deixadas” que muitas lutas aconteceram. No entanto, ainda ouvimos, inclusive de profissionais de educação e saúde, que crianças que freqüentam esses espaços (principalmente nos 3 primeiros anos de vida) são “coitadinhas” e “deixadas”, pois o imaginário social ainda está impregnado de idéias assistencialistas e compensatórias. Compartilhamos da idéia de que essas crianças não são deixadas, porém levadas para esses espaços de grande pluralidade cultural, onde exista a troca e o respeito à diferença.

Segundo Vigotsky:


(...) O sujeito não é apenas ativo, mas interativo porque constitui conhecimento e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com os outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais (...) (apud Barros, 1997, p.199)

A criança da educação infantil não é um ser apenas em desenvolvimento cognitivo, mas é um ser real em constante interação com o mundo que a cerca. Ela é um ser historicamente situado e que está em processo de constituição de conhecimento e de sua própria singularidade, daí afirmarmos que ela já é alguém hoje; em casa, na rua, na escola.
Entendemos que a criança é um ser social e histórico e que faz parte de um grupo familiar que por sua vez está inserido em uma sociedade com determinada cultura e em um determinado momento histórico. Esta criança é marcada pelo meio social em que se desenvolve e nele também deixa sua marca. As relações que estabelecem desde o nascimento dão a cada sujeito a possibilidade de ser singular, um sujeito único com experiências também únicas. Esse ser cognoscente, ou seja, um ser complexo, com várias dimensões, que possui um funcionamento dinâmico, encontrando - se em construção permanente, e que tem como ponto de partida para a construção do seu conhecimento sua ação, ativamente compreende o mundo e resolve as questões que este lhe coloca. E nessa tentativa de compreender o mundo, ele cria hipóteses que são constantementes desequilibradas para ganharem novos significados, ou seja, ele significa e ressignifica o mundo a partir de suas experiências.
O conhecimento resulta de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação e as brincadeiras têm um papel fundamental nesse processo, pois durante a brincadeira ocorre à investigação e a construção de conhecimento sobre si mesma e sobre o mundo. Dessa forma, acreditamos que a brincadeira deva ocupar um lugar de destaque na prática pedagógica, tendo como espaço privilegiado, a sala de aula.
Nossa escola cumpre um papel socializador, que propicia o desenvolvimento da identidade e da autonomia das crianças, através das interações realizadas em nosso cotidiano.
A presente proposta propicia oportunidades de interações sociais, melhorando a capacidade de relação interpessoal, de ser e estar com o outro em uma aceitação, respeito e confiança; proporcionando às crianças o acesso a conhecimentos amplos da realidade social e cultural.
O professor como parceiro mais experiente deve propiciar situações diversas de brincadeiras e/ou de aprendizagens orientadas que possam garantir as interações e trocas, pois o desenvolvimento da criança ocorre em situações de interações sociais onde ocorrem conflitos e negociações de sentimentos, idéias e soluções que mostram sua maneira de pensar e agir. É preciso que o professor propicie um ambiente acolhedor onde isto possa ocorrer aumentando a confiança e a auto - estima da criança.
Para Vigotsky :


Quando o aluno não consegue realizar sozinho determinada tarefa, mas o faz com a ajuda de outros mais experientes, está nos revelando o seu nível de desenvolvimento potencial, que já contém aspectos e partes mais ou menos desenvolvidas de intuições, noções e conceitos. (apud Barros p.65)

A professora deve está atenta a esse processo, podendo intervir, estimular, provocar, trabalhando funções que ainda não estão consolidadas, ou seja, trabalhando na zona de desenvolvimento proximal, que é a distância entre o que o sujeito de aprendizagem consegue fazer sozinho e o que ele consegue fazer com a ajuda do outro.
O queremos formar uma sociedade democrática e não excludente, trabalhando a diversidade cultural e as particularidades de cada ser humano. Dessa forma, valorizamos a diferença, com um trabalho centrado na criança, educando a todas, sem discriminar nenhuma.
Nossa prática pedagógica conscientiza as crianças desde pequenas que elas podem ser agentes transformadores para uma sociedade mais justa, democrática e solidária. Dentro dessa perspectiva, o professor de educação infantil precisa ser um professor polivalente, sendo capaz de trabalhar conteúdos diversos que abrangem desde cuidados básicos essenciais até conhecimentos específicos provenientes das diferentes áreas de conhecimento.
Dessa forma o professor deve ser um professor pesquisador, e ter em mente que ele também é um aprendiz, avaliando sua prática através da observação do registro que faz dos alunos e do seu planejamento.
Parafraseando Paulo Freire, a educação autêntica não ocorre de “A” para “B” ou de “A” sobre “B”, mas de “A” com “B”, onde professor e aluno interagem na construção do conhecimento.
Para criar condições para que as crianças se desenvolvam se faz necessário levar em conta as possibilidades de aprendizagem nas diferenças faixas etárias.
Piaget dividiu as etapas do desenvolvimento infantil, ressaltando que cada criança vá alcançando cada uma das etapas dentro do seu próprio tempo, pois o processo é o mais importante, visto que cada criança tem seu tempo.
A seguir mostraremos as principais características e mudanças que ocorrem no período de 0 a 6 anos idade.

SENSÓRIO - MOTOR (0 a 2 anos)
No primeiro momento deste período a criança só pode se organizar- se diretamente sobre os objetos. Somente elabora os elementos de seu ambiente que lhe chegam por meio dos sentidos. Se num dado momento ela não tem oportunidade de ver, ouvir, cheirar, provar, tocar um objeto ou uma pessoa, esse objeto não tem existência para ela. Os objetos existem no mundo da criança apenas como parte de suas ações.
O Desenvolvimento ocorre a partir da atividade reflexa para a representação e soluções sensório- motora dos problemas. No final desse período, a criança já faz suas primeiras aptidões simbólicas.

PRÉ - OPERATÓRIO
(2 a 6/ 7 anos)

Começa com o surgimento das representações simbólicas, que consistem em elaborar, em pensamento, imagens do real que não se apresentam imediatamente aos sentidos.

O desenvolvimento ocorre a partir da representação sensório - motora para as soluções de problemas e o pensamento pré - lógico (pensamento intuitivo)



ESTÁGIO EGOCÊNTRICO

Problemas solucionados por meio de representação - desenvolvimento da linguagem (2 - 4 anos); tanto o pensamento quanto a linguagem são egocêntricos.



ESTÁGIO INTUITIVO

Não consegue resolver problemas de conservação; os julgamentos são baseados na percepção e não na lógica



ASPECTOS NORTEADORES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Temos como compromisso oferecer às crianças oportunidade de lidar, de forma sistematizada e estruturante, com as informações de seu meio, criando condições de construir conhecimentos e elaborar idéias transformadoras sobre o mundo; construindo assim sua autonomia, e a cooperação e a atuação crítica e criativa.
As crianças da educação infantil aprendem através de ações, formando conceitos que vão ficando mais abstratos à medida que vão mudando a faixa etária. Para atender a essas características das crianças, é que o currículo das escolas de educação infantil deve ser feito de experiências e descobertas que as crianças vivenciarão interagindo com os colegas e com o professor em situação concreta e com diferentes materiais, envolvendo o objetivo comum.
O Valorizamos o movimento livre e cria condições das crianças utilizarem gestos, posturas ,ritmos e também de se apropriarem dos significados expressivos do movimento, através da dança e das brincadeiras que envolvam o canto, versos e movimento durante todo o tempo e não apenas em curtos intervalos. O movimento é muito mais do que o simples deslocamento no espaço, ao movimentar - se as crianças se expressam e agem sobre o meio.
Desde o nascimento, a criança desenvolve seu corpo e os movimentos que com ele pode realizar, ela locomove - se e expressa - se por gestos que são cada vez mais ampliados, como um espiral, ou seja, utilizando seu conhecimento anterior.
O movimento é o recurso inicial que a criança possui para se inserir na cultura, é através dos movimentos que o bebê irá exteriorizar estados de insatisfação ou satisfação que serão transformados pela mãe e por outros adultos em recursos expressivos, quando, por exemplo, um erguer de braços pode ser interpretado como uma intenção de “ir passear”. Dessa forma, a primeira função do ato motor está ligada à expressão e somente aos poucos é que as habilidades e competências instrumentais para agir sobre o meio se desenvolvem.
Concordamos com Le Boulch (1984), que com muita propriedade afirma que ,o movimento é uma forma de expressão, aliás, é a primeira forma de expressão e de intercâmbios com o meio que o sujeito possui.
Paralelamente as habilidades expressivas, as crianças realizam importantes conquistas no que diz respeito a sua locomoção e conseqüentemente nas descobertas de novas possibilidades de agir sobre o meio físico, ampliando o desenvolvimento cognitivo. Quanto maior as oportunidades oferecidas às crianças, maior será a sua interação com o mundo. No entanto, muitos espaços educativos acreditam que os movimentos realizados em horários não determinados podem reduzir a atenção e a percepção e conseqüentemente a aprendizagem da criança, e desta forma escolhem um horário onde os movimentos possam ocorrer, muitos lugares chegam a montar sua matriz curricular, fornecendo uma carga horária específica para a muito comentada, porém pouco compreendida psicomotricidade. Essa crença acaba por tolir a expressividade da criança, e não contribui em nada para o desenvolvimento da autonomia do sujeito, que acaba sendo obrigado a seguir modelos.
O volume 3 do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil traz a seguinte redação:


“(...) Essas práticas, ao permitirem certa mobilidade às crianças, podem até ser eficazes do ponto de vista da manutenção da” ordem “, mas limitam as possibilidades de expressão da criança e tolhem suas iniciativas próprias, ao enquadrar os gestos e deslocamentos a modelos predeterminados ou a momentos específicos.” (p.17)

Além da linguagem corporal e musical, nosso currículo valoriza a linguagem visual e plástica, a linguagem oral e escrita e os conhecimentos matemáticos, naturais e sociais.
Além das áreas de conhecimento de mundo, nosso currículo leva em consideração a formação pessoal e social, sendo priorizado a construção da identidade e o desenvolvimento da autonomia.
Segundo o volume 2 do Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil:

A capacidade das crianças de terem confiança em si próprias e o fato de sentirem -se aceitas, ouvidas, cuidadas e amadas oferecem segurança para a formação pessoal e social. A possibilidade de desde muito cedo efetuarem escolhas e assumirem pequenas responsabilidades, favorecem o desenvolvimento da autoestima, essencial para que as crianças se sintam confiantes e felizes. (p.11)

Entendemos o currículo como um instrumento de apoio à organização escolar, uma síntese provisória do trabalho escolar. O currículo é dinâmico e precisa ser reformulado a partir do contexto específico de cada turma.
Dessa forma, iremos sistematizar objetivos para cada fase com o único intuito de facilitar a organização, pensando que tal organização poderá ser modificada dependendo da realidade social e cultural e desenvolvimento e características próprias do momento que estão vivendo.
As experiências e descobertas devem estar integradas em atividades globalizadas, possibilitadas pôr temas geradores ou projetos, de forma a integrar as diferentes áreas de conhecimento de mundo e superando a fragmentação de informações sem sentido.

Organização curricular

FASE 1

1 - Linguagem oral e escrita

-ampliação do vocabulário;
-interação através da linguagem (conversas informais, onde relatarão experiências);
-conhecimento de várias modalidades de linguagem oral (histórias, músicas, poesias);
-produção dos primeiros traços gráficos (garatujas);
-perceber a função social da escrita, através da vivência de práticas sociais da escrita. Como por exemplo, saber que a professora envia recados para a mãe;
-leitura de mundo (figuras e desenhos);
-construir um sentimento de curiosidade pelo livro, revista e gibi.

2 - Linguagem plástica e visual

- recorte com os dedos de materiais diversos;
-experimentação de diferentes materiais em suas brincadeiras (massa, tinta, areia, argila, lixas, plásticos, tecidos, etc.);
- imprimir marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
- manusear um instrumento sobre diferentes superfícies (lápis, pincel, etc.);
- utilizar o mesmo material, em diversas situações (esponja, carimbos, etc.);
- observação de imagens significativas para a criança.

3 - Linguagem Musical

-exploração e reconhecimento de sons (vocais e não vocais, onomatopaicos e instrumentais);
-exploração e reconhecimento de ritmos (aliados à melodia, aliados a palmas, batidas dos pés ou instrumentos musicais);
-conhecimento de canções folclóricas, populares e relacionadas ao tema trabalhado;
-reconhecimento da intensidade, altura e duração do som;
- a vivência da organização do som e silêncio com a voz, o corpo e materiais musicais;
- escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos e épocas (erudita, popular, regional, cancioneiro infantil);
- participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos.

4 - Linguagem Matemática

É importante ressaltar que a classificação e a seriação têm papel fundamental na construção de conhecimento em qualquer área, não só na matemática. Quando a criança constrói conhecimentos sobre conteúdos matemáticos, como sobre tantos outros, as operações de classificação e seriação necessariamente são exercidas e se desenvolvem.




4.1 – Grandezas e Medidas

-igualdade e diferença entre os elementos segundo atributos de tamanho, peso, volume, temperatura, textura, sabor, odor, som e forma;
-experiências envolvendo noções de tempo, tamanho e volume.

4.2 – Numerais e Sistemas de Numeração

- conhecimentos mnemônicos envolvendo números;
- acesso a brinquedos que possuam números.


4.3 – Espaço e Forma

- exploração e conhecimento do lugar que seu corpo ocupa no espaço em relação a outros objetos (perto/ longe atrás/ na frente);
- representar espaços numa outra dimensão (construindo torres e cidades através de blocos de madeira ou encaixe).

5 – Conhecimento Natural e Social

- conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas;
- exploração dos órgãos dos sentidos;
- cuidado com seu próprio corpo;
- exploração dos animais e de suas características físicas (pêlo/ pena, pata/ garra, bico/ boca);
-cuidado com os animais;
- experenciar as transformações decorrentes de mistura de elementos e materiais (areia, argila, água, farinha, etc.);
- explorar diversos objetos que produzem som, brinquedos, livros e materiais de empilhar e encaixar;
-experenciar diversas temperaturas da água;
-experimentação com objetos (corpos que afundam, corpos que flutuam);
- vivenciar brincadeiras e histórias que envolvam luz e sombra;
-constatação da existência do ar (estourar sacos de papel, movimentar cata-ventos, brincar com bolinhas de sabão, ter balões de ar esvaziados sobre si);
- ampliar e valorizar a cultura do seu grupo;
- reconhecimento de si próprio como membro de uma família através de fotos;
- conhecimento do espaço físico da escola, suas dependências e materiais disponíveis;
- identificação das pessoas que trabalham na escola;
- valorização da história de vida da família através de contato visual de um painel com fotos de pais, mães e irmãos.

6 – Linguagem Corporal

- contato com materiais de diferentes texturas e temperatura com o objetivo de proporcionar experiências significativas no que diz respeito à sensibilidade corporal;
- reconhecimento de segmentos do próprio corpo por meio da exploração das brincadeiras e do espelho;
- desenvolver as possibilidades expressivas das mímicas faciais e gestos;
- explorar movimentos ajustados a um ritmo;
- explorar diferentes posturas corporais;
- descoberta e exploração do movimento através do uso de cilindros e bolas de diversos tamanhos;
- aperfeiçoamento de gestos relacionados com a preensão, através de jogos de lançamento;
- utilização de recursos como, por exemplo, túneis de pano, com o objetivo de desenvolver recursos de deslocamento e de habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras.



FASE 2

1 - Linguagem oral e escrita

-ampliação do vocabulário (descrição de pessoas, objetos, cenas e situações);
-interação através da linguagem (conversas informais, transmissão de avisos e recados, relatos de experiência, verbalização de idéias, etc.);
-conhecimento de várias modalidades de linguagem oral (histórias, músicas, poesias);
-perceber a função social da escrita (cartas, convites, recados, tendo o professor como escriba);
-narração e criação de histórias (com ou sem livro, individual ou coletivamente, obedecendo à ordem cronológica);
-representação de idéias através dos desenhos;
-estabelecer contato com o alfabeto maiúsculo e minúsculo (script) e com os números;
-identificar letras do alfabeto mais significativas, através de jornais e revistas;
-familiarizar-se com o seu próprio nome;
-reconhecer seu nome entre os nomes dos colegas;
-reconhecer a letra que inicia seu nome e os nomes dos colegas, utilizando jornais e revistas;
-diferenciação entre desenho e escrita;
-diferenciação entre letras e números;
-produção de livros e histórias tendo o professor como escriba;
-confecção de painéis com rótulos;
-confecção de murais seguindo o tema trabalhado;
-reconhecer letras que tem pingo no seu nome.

2 - Linguagem plástica e visual

- experimentação de diferentes materiais (massa, tinta, areia, argila, lixas, plásticos, isopor, tecidos, etc.);
- imprimir marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
- manusear um instrumento sobre diferentes superfícies (lápis, pincel, etc.);
- utilizar o mesmo material, em diversas situações (esponja, carimbos, etc.);
- observação de imagens significativas para a criança;
- contato com a produção de arte presente nos museus, igrejas, livros e exposições;
- exploração da diversidade de produções artísticas (desenhos, pinturas, fotografias, esculturas, etc.);
- técnicas artísticas com o seu próprio nome;
- apreciação e leitura de produções artísticas (suas e de seus colegas);
- recorte de diversos materiais (papel, papelão, plástico, isopor) utilizando o dedo e a tesoura;
-criação de produções artísticas (pinturas, colagens, modelagens, etc.).

3 - Linguagem Musical

-exploração e reconhecimento de sons (vocais e não vocais, onomatopaicos e instrumentais);
-exploração e reconhecimento de ritmos (aliados à melodia, aliados a palmas, batidas dos pés ou instrumentos musicais);
-conhecimento de canções folclóricas, populares e relacionadas ao tema trabalhado;
-reconhecimento da intensidade, altura e duração do som;
- a vivência da organização do som e silêncio com a voz, o corpo e materiais musicais;
- escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos e épocas (erudita, popular, regional, cancioneiro infantil);
- participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos;

4 - Linguagem Matemática

É importante ressaltar que a classificação e a seriação têm papel fundamental na construção de conhecimento em qualquer área, não só na matemática. Quando a criança constrói conhecimentos sobre conteúdos matemáticos, como sobre tantos outros, as operações de classificação e seriação necessariamente são exercidas e se desenvolvem.


4.1 – Grandezas e Medidas

-igualdade e diferença entre os elementos segundo atributos de tamanho, peso, volume, temperatura, textura, sabor, odor, som e forma;
-experiências envolvendo noções de tempo, tamanho e volume.

4.2 – Numerais e Sistemas de Numeração

- conhecimentos mnemônicos envolvendo números;
-utilização da contagem oral sempre que necessário;
-utilização de registros não convencionais;
- identificação dos números.
4.3 – Espaço e Forma

- exploração e conhecimento do lugar que seu corpo ocupa no espaço em relação a outros objetos (perto/ longe atrás/ na frente);
- representar espaços numa outra dimensão (construindo torres e cidades através de blocos de madeira ou encaixe);
-identificação de pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço;
- figuras geométricas (identificar as formas através do tato, reconhecer as formas na realidade e reconhecer objetos com formas semelhantes).

5 – Conhecimento Natural e Social

- conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas;
- exploração dos órgãos dos sentidos;
- cuidado com seu próprio corpo;
- exploração dos animais e de suas características físicas (pêlo/ pena, pata/ garra, bico/ boca);
-cuidado com os animais;
- conhecimento dos animais como seres vivos e suas necessidades;
- experimentação das transformações decorrentes de mistura de elementos e materiais (areia, argila, água, farinha, etc.);
- explorar diversos objetos que produzem som (brinquedos, livros e materiais de empilhar e encaixar);
-experimentação das diversas temperaturas da água;
-experimentação com objetos (corpos que afundam, corpos que flutuam);
- vivenciar brincadeiras e histórias que envolvam luz e sombra;
-constatação da existência do ar (estourar sacos de papel, movimentar cata-ventos, brincar com bolinhas de sabão, ter balões de ar esvaziados sobre si);
- ampliar e valorizar a cultura do seu grupo;
- conhecimento do espaço físico da escola, suas dependências e materiais disponíveis;
- identificação das pessoas que trabalham na escola;
- valorização da história de vida da família através de contato visual de um painel com fotos de pais, mães e irmãos;
-identificação de alguns papéis sociais existentes em seus grupos (família, escola, bairro);
- conhecimento das etapas da vida;
- observação dos fenômenos da natureza e como esses interferem em sua vida;
-conhecimento dos vegetais como seres vivos e suas necessidades;
- cuidado com os vegetais;
- conhecimento do homem como ser vivo e suas necessidades;
- reconhecimento dos seres não vivos (minerais);
- reconhecimento de si mesmo como membro de uma família;
- diferenças entre as famílias;
- respeito aos diversos valores e costumes;
- identificação dos componentes da família (relação de parentesco);
- compreensão da organização e do funcionamento da escola (regras relativas ao trabalho coletivo, direito e deveres);
-cuidados com os materiais e o ambiente;
- identificação de algumas especificidades da vida rural e urbana.

6 – Linguagem Corporal

- contato com materiais de diferentes texturas e temperatura com o objetivo de proporcionar experiências significativas no que diz respeito à sensibilidade corporal;
- reconhecimento de segmentos do próprio corpo por meio da exploração das brincadeiras e do espelho;
- desenvolver as possibilidades expressivas das mímicas faciais e gestos;
- explorar movimentos ajustados a um ritmo;
- explorar diferentes posturas corporais;
- descoberta e exploração do movimento através do uso de cilindros e bolas de diversos tamanhos;
- aperfeiçoamento de gestos relacionados com a preensão, através de jogos de lançamento;
- utilização de recursos como, por exemplo, túneis de pano, com o objetivo de desenvolver recursos de deslocamento e de habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras.


FASE 3

1 - Linguagem oral e escrita

-ampliação do vocabulário (descrição de pessoas, objetos, cenas e situações);
-interação através da linguagem (conversas informais, transmissão de avisos e recados, relatos de experiência, verbalização de idéias, etc.);
-conhecimento de várias modalidades de linguagem oral (histórias, músicas, poesias);
-perceber a função social da escrita (cartas, convites, recados, tendo o professor como escriba);
-narração e criação de histórias (com ou sem livro, individual ou coletivamente, obedecendo à ordem cronológica);
-representação de idéias através dos desenhos;
-estabelecer contato com o alfabeto maiúsculo e minúsculo (script) e com os números;
-identificar as letras do alfabeto através de jornais e revistas;
-familiarizar-se com o seu próprio nome;
-reconhecer seu nome entre os nomes dos colegas;
-reconhecer a letra que inicia seu nome e os nomes dos colegas, utilizando jornais e revistas;
-diferenciação entre desenho e escrita;
-diferenciação entre letras e números;
-produção de livros e histórias tendo o professor como escriba;
-confecção de painéis com rótulos;
-confecção de murais seguindo o tema trabalhado;
-reconhecer letras que tem pingo no seu nome;
- reconhecer vogais e consoantes nas palavras e nos nomes;
-comparar os nomes quanto ao tamanho (o seu com o do seu colega) ;
-copiar seu nome;
-familiarizar – se com o tesouro de palavras (palavras significativas para a turma);
-copiar palavras do tesouro;
- comparar o tamanho da criança com o tamanho do seu nome;
- reconhecer que a escrita se faz da esquerda para a direita e de cima para baixo.

2 - Linguagem plástica e visual

- experimentação de diferentes materiais (massa, tinta, areia, argila, lixas, plásticos, isopor, tecidos, etc.);
- imprimir marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
- manusear um instrumento sobre diferentes superfícies (lápis, pincel, etc.);
- utilizar o mesmo material, em diversas situações (esponja, carimbos, etc.);
- observação de imagens significativas para a criança;
- contato com a produção de arte presente nos museus, igrejas, livros e exposições;
- conhecimento da diversidade de produções artísticas (desenhos, pinturas, fotografias, esculturas, etc.);
- técnicas artísticas com o seu próprio nome;
- apreciação e leitura de produções artísticas (suas e de seus colegas);
- recorte de diversos materiais (papel, papelão, plástico, isopor) utilizando o dedo e a tesoura;
-criação de produções artísticas (pinturas, colagens, modelagens, etc.);
- conhecer obras artísticas (regionais, nacionais e internacionais) e seus respectivos produtores;
- confecção de objetos e maquetes utilizando técnicas de desenho, pintura, modelagem e material de sucata;
- confecção de dobraduras.

3 - Linguagem Musical

-exploração e reconhecimento de sons (vocais e não vocais, onomatopaicos e instrumentais);
-exploração e reconhecimento de ritmos (aliados à melodia, aliados a palmas, batidas dos pés ou instrumentos musicais);
-conhecimento de canções folclóricas, populares e relacionadas ao tema trabalhado;
-reconhecimento da intensidade, altura e duração do som;
- a vivência da organização do som e silêncio com a voz, o corpo e materiais musicais;
- escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos e épocas (erudita, popular, regional, cancioneiro infantil);
- participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos;
- conhecimento de obras ouvidas e seus compositores;
- confecção de instrumentos;
-origem e história do instrumento musical;
-fazer música por meio de improvisação ou composição.

4 - Linguagem Matemática
É importante ressaltar que a classificação e a seriação têm papel fundamental na construção de conhecimento em qualquer área, não só na matemática. Quando a criança constrói conhecimentos sobre conteúdos matemáticos, como sobre tantos outros, as operações de classificação e seriação necessariamente são exercidas e se desenvolvem.


4.1 – Grandezas e Medidas

-igualdade e diferença entre os elementos segundo atributos de tamanho, peso, volume, temperatura, textura, sabor, odor, som e forma;
-experiências envolvendo noções de tempo, tamanho e volume.

4.2 – Numerais e Sistemas de Numeração

- conhecimentos mnemônicos envolvendo números;
-utilização da contagem oral sempre que necessário;
-utilização de registros não convencionais;
- identificação dos números partindo dos registros não convencionais;
- trabalho com diferentes quantidades, adicionando ou subtraindo elementos;
- correspondência termo a termo.


4.3 – Espaço e Forma

- exploração e conhecimento do lugar que seu corpo ocupa no espaço em relação a outros objetos (perto/ longe atrás/ na frente);
- representar espaços numa outra dimensão (construindo torres e cidades através de blocos de madeira ou encaixe);
-identificação de pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço;
-primeiro e último;
- figuras geométricas (identificar as formas através do tato, reconhecer as formas na realidade e representar no plano, reconhecer objetos com formas semelhantes).

5 – Conhecimento Natural e Social

- conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas;
- cuidado com seu próprio corpo;
- experimentação das transformações decorrentes de mistura de elementos e materiais (areia, argila, água, farinha, etc.);
- explorar diversos objetos que produzem som, brinquedos, livros e materiais de empilhar e encaixar;
-experimentação das diversas temperaturas da água;
-experimentação com objetos (corpos que afundam, corpos que flutuam);
- vivenciar brincadeiras e histórias que envolvam luz e sombra;
-constatação da existência do ar (estourar sacos de papel, movimentar cata-ventos, brincar com bolinhas de sabão, ter balões de ar esvaziados sobre si);
- ampliar e valorizar a cultura do seu grupo;
- conhecimento do espaço físico da escola, suas dependências e materiais disponíveis;
- identificação das pessoas que trabalham na escola;
- valorização da história de vida da família através de contato visual de um painel com fotos de pais, mães e irmãos;
-conhecer os modos de ser viver e trabalhar de alguns grupos sociais;
-identificação de alguns papéis sociais existentes em seus grupos (família, escola, bairro);
- conhecimento das etapas da vida;
- observação dos fenômenos da natureza e como esses interferem em sua vida;
- reconhecimento de diferentes fontes de calor (sol, fogueira, lampião, fogão);
- reconhecimento de diferentes fontes de luminosidade (sol, lâmpada, lanterna);
-conhecimento dos vegetais como seres vivos;
- cuidado com os vegetais;
-constatação das necessidades dos vegetais (água, ar, terra, luz);
-observação e experiências relacionadas aos estados da água;
-identificação do homem como animal e suas necessidades (alimento, água, ar, calor, luz);
-conhecimento do corpo humano (partes do corpo, o corpo por dentro);
-exploração dos órgãos dos sentidos;
- reconhecimento dos seres não vivos (minerais);
- conhecimento dos animais, suas características físicas (alimentação, locomoção, som que produz, hábitat, tamanho, cor, bico/ boca, pata / garra, pêlo/ pena/ escama e suas necessidades, água/ ar);
- reconhecimento dos animais como seres vivos;
-cuidado com os animais;
- identificação do que o homem faz dos animais (alimentação, criação, transporte);
- reconhecimento de si mesmo como membro de uma família;
- diferenças entre as famílias;
- respeito aos diversos valores e costumes;
- identificação dos componentes da família (relação de parentesco);
- compreensão da organização e do funcionamento da escola (regras relativas ao trabalho coletivo, direito e deveres);
-cuidados com os materiais e o ambiente;
- reconhecimento do trabalho e de sua importância para a sociedade;
- identificação das especificidades da vida rural e urbana (habitação, trabalho e profissões, meios de comunicação e de transportes);
- conhecimento da ação do homem, de suas criações e como esses interferem na sociedade (vacinas, óculos, aparelhos elétricos e eletrônicos).

6 – Linguagem Corporal

- contato com materiais de diferentes texturas e temperatura com o objetivo de proporcionar experiências significativas no que diz respeito à sensibilidade corporal;
- reconhecimento de segmentos do próprio corpo por meio da exploração das brincadeiras e do espelho;
- desenvolver as possibilidades expressivas das mímicas faciais e gestos;
- explorar movimentos ajustados a um ritmo;
- explorar diferentes posturas corporais;
- descoberta e exploração do movimento através do uso de cilindros e bolas de diversos tamanhos;
- aperfeiçoamento de gestos relacionados com a preensão, através de jogos de lançamento;
- utilização de recursos como, por exemplo, túneis de pano, com o objetivo de desenvolver recursos de deslocamento e de habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras.









FASE 4

1 - Linguagem oral e escrita

- prática da escrita espontânea, utilizando o conhecimento que dispõe (palavras, frases, pequenos textos);
-ampliação do vocabulário (descrição de pessoas, objetos, cenas e situações);
-interação através da linguagem (conversas informais, transmissão de avisos e recados, relatos de experiência, verbalização de idéias, etc.);
-conhecimento de várias modalidades de linguagem oral (histórias, músicas, poesias);
-perceber a função social da escrita (cartas, convites, recados, tendo o professor como escriba);
-narração e criação de histórias (com ou sem livro, individual ou coletivamente, obedecendo à ordem cronológica);
-representação de idéias através dos desenhos;
-estabelecer contato com o alfabeto maiúsculo e minúsculo (script) e com os números;
-identificar as letras do alfabeto através de jornais e revistas;
-familiarizar-se com o seu próprio nome;
-reconhecer seu nome entre os nomes dos colegas;
-reconhecer a letra que inicia seu nome e os nomes dos colegas, utilizando jornais e revistas;
-diferenciação entre desenho e escrita;
-diferenciação entre letras e números;
-produção de livros e histórias tendo o professor como escriba;
-confecção de painéis com rótulos;
-confecção de murais seguindo o tema trabalhado;
-reconhecer letras que tem pingo no seu nome;
- reconhecer vogais e consoantes nas palavras e nos nomes;
-comparar os nomes quanto ao tamanho (o seu com o do seu colega) ;
-copiar seu nome;
-familiarizar – se com o tesouro de palavras (palavras significativas para a turma);
-copiar palavras do tesouro;
- comparar o tamanho da criança com o tamanho do seu nome ;
- reconhecer que a escrita se faz da esquerda para a direita e de cima para baixo.

2 - Linguagem plástica e visual

- experimentação de diferentes materiais (massa, tinta, areia, argila, lixas, plásticos, isopor, tecidos, etc.);
- imprimir marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
- manusear um instrumento sobre diferentes superfícies (lápis, pincel, etc.);
- utilizar o mesmo material, em diversas situações (esponja, carimbos, etc.);
- observação de imagens significativas para a criança;
- contato com a produção de arte presente nos museus, igrejas, livros e exposições;
- conhecimento da diversidade de produções artísticas (desenhos, pinturas, fotografias, esculturas, etc.);
- técnicas artísticas com o seu próprio nome;
- apreciação e leitura de produções artísticas (suas e de seus colegas);
- recorte de diversos materiais (papel, papelão, plástico, isopor) utilizando o dedo e a tesoura;
-criação de produções artísticas (pinturas, colagens, modelagens, etc.);
- conhecer obras artísticas (regionais, nacionais e internacionais) e seus respectivos produtores;
- confecção de objetos e maquetes utilizando técnicas de desenho, pintura, modelagem e material de sucata;
- confecção de dobraduras.

3 - Linguagem Musical

-exploração e reconhecimento de sons (vocais e não vocais, onomatopaicos e instrumentais);
-exploração e reconhecimento de ritmos (aliados à melodia, aliados a palmas, batidas dos pés ou instrumentos musicais);
-conhecimento de canções folclóricas, populares e relacionadas ao tema trabalhado;
-reconhecimento da intensidade, altura e duração do som;
- a vivência da organização do som e silêncio com a voz, o corpo e materiais musicais;
- escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos e épocas (erudita, popular, regional, cancioneiro infantil);
- participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos;
- conhecimento de obras ouvidas e seus compositores;
- confecção de instrumentos;
-origem e história do instrumento musical;
-fazer música por meio de improvisação ou composição.

4 - Linguagem Matemática
É importante ressaltar que a classificação e a seriação têm papel fundamental na construção de conhecimento em qualquer área, não só na matemática. Quando a criança constrói conhecimentos sobre conteúdos matemáticos, como sobre tantos outros, as operações de classificação e seriação necessariamente são exercidas e se desenvolvem.

4.1 – Grandezas e Medidas

-igualdade e diferença entre os elementos segundo atributos de tamanho, peso, volume, temperatura, textura, sabor, odor, som e forma;
-experiências envolvendo noções de tempo, tamanho e volume.

4.2 – Numerais e Sistemas de Numeração

- conhecimentos mnemônicos envolvendo números;
-utilização da contagem oral sempre que necessário;
-utilização de registros não convencionais;
- identificação dos números partindo dos registros não convencionais;
- trabalho com diferentes quantidades, adicionando ou subtraindo elementos;
- sistema monetário (moedas e cédulas brasileiras);
- correspondência termo a termo.

4.3 – Espaço e Forma
- exploração e conhecimento do lugar que seu corpo ocupa no espaço em relação a outros objetos (perto/ longe atrás/ na frente);
- representar espaços numa outra dimensão (construindo torres e cidades através de blocos de madeira ou encaixe);
-identificação de pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço;
- curvas abertas e fechadas (partindo do seu próprio corpo);
- linhas retas e ponto;
- direita e esquerda;
- primeiro e último;
- figuras geométricas (identificar as formas através do tato, reconhecer as formas na realidade e representar no plano, reconhecer objetos com formas semelhantes).

5 - Natureza e Sociedade

- vias de circulação (meios de transporte e trânsito)
- conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas;
- cuidado com seu próprio corpo;
- experimentação das transformações decorrentes de mistura de elementos e materiais (areia, argila, água, farinha, etc.);
- explorar diversos objetos que produzem som, brinquedos, livros e materiais de empilhar e encaixar;
-experimentação das diversas temperaturas da água;
-experimentação com objetos (corpos que afundam, corpos que flutuam);
- vivenciar brincadeiras e histórias que envolvam luz e sombra;
-constatação da existência do ar (estourar sacos de papel, movimentar cata-ventos, brincar com bolinhas de sabão, ter balões de ar esvaziados sobre si);
- ampliar e valorizar a cultura do seu grupo;
- conhecimento do espaço físico da escola, suas dependências e materiais disponíveis;
- identificação das pessoas que trabalham na escola;
- valorização da história de vida da família através de contato visual de um painel com fotos de pais, mães e irmãos;
-conhecer os modos de ser viver e trabalhar de alguns grupos sociais;
-identificação de alguns papéis sociais existentes em seus grupos (família, escola, bairro);
- conhecimento das etapas da vida;
- observação dos fenômenos da natureza e como esses interferem em sua vida;
- reconhecimento de diferentes fontes de calor (sol, fogueira, lampião, fogão);
- reconhecimento de diferentes fontes de luminosidade (sol, lâmpada, lanterna);
-conhecimento dos vegetais como seres vivos;
- cuidado com os vegetais;
-constatação das necessidades dos vegetais (água, ar, terra, luz);
-observação e experiências relacionadas aos estados da água;
-identificação do homem como animal e suas necessidades (alimento, água, ar, calor, luz);
-conhecimento do corpo humano (partes do corpo, o corpo por dentro);
-exploração dos órgãos dos sentidos;
- reconhecimento dos seres não vivos (minerais);
- conhecimento dos animais, suas características físicas (alimentação, locomoção, som que produz, hábitat, tamanho, cor, bico/ boca, pata / garra, pêlo/ pena/ escama e suas necessidades, água/ ar);
- reconhecimento dos animais como seres vivos;
-cuidado com os animais;
- identificação do que o homem faz dos animais (alimentação, criação, transporte);
- reconhecimento de si mesmo como membro de uma família;
- diferenças entre as famílias;
- respeito aos diversos valores e costumes;
- identificação dos componentes da família (relação de parentesco);
- compreensão da organização e do funcionamento da escola (regras relativas ao trabalho coletivo, direito e deveres);
-cuidados com os materiais e o ambiente;
- reconhecimento do trabalho e de sua importância para a sociedade;
- identificação das especificidades da vida rural e urbana (habitação, trabalho e profissões, meios de comunicação e de transportes);
- conhecimento da ação do homem, de suas criações e como esses interferem na sociedade (vacinas, óculos, aparelhos elétricos e eletrônicos).

6 – Linguagem Corporal

- contato com materiais de diferentes texturas e temperatura com o objetivo de proporcionar experiências significativas no que diz respeito à sensibilidade corporal;
- reconhecimento de segmentos do próprio corpo por meio da exploração das brincadeiras e do espelho;
- desenvolver as possibilidades expressivas das mímicas faciais e gestos;
- explorar movimentos ajustados a um ritmo;
- explorar diferentes posturas corporais;
- descoberta e exploração do movimento através do uso de cilindros e bolas de diversos tamanhos;
- aperfeiçoamento de gestos relacionados com a preensão, através de jogos de lançamento;
- utilização de recursos como, por exemplo, túneis de pano, com o objetivo de desenvolver recursos de deslocamento e de habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras.















FASE 5

1 - Linguagem oral e escrita

-ampliação do vocabulário (relato de experiências vividas e narração de fatos em seqüência temporal e causal);
-interação através da linguagem (conversas informais, transmissão de avisos e recados, relatos de experiência, verbalização de idéias, etc.);
-participação em situações que envolvem a necessidade de explicar e argumentar suas idéias e pontos de vista;
-conhecimento de várias modalidades de linguagem oral (histórias, músicas, poesias);
-perceber a função social da escrita (cartas, convites, recados);
-narração e criação de histórias (com ou sem livro, individual ou coletivamente, obedecendo à ordem cronológica);
-representação de idéias através dos desenhos e da escrita;
-estabelecer contato diário com o alfabeto maiúsculo e minúsculo (script) e com os números;
-identificar as letras do alfabeto através de jornais e revistas;
-familiarizar-se com o seu próprio nome;
-reconhecer seu nome entre os nomes dos colegas;
-reconhecer a letra que inicia seu nome e os nomes dos colegas, utilizando jornais e revistas;
-diferenciação entre desenho e escrita;
-diferenciação entre letras e números;
-produção de livros e histórias;
-confecção de painéis com rótulos, obedecendo a critérios estabelecidos (alimentação, brinquedos,...);
-confecção de murais seguindo o tema trabalhado;
-reconhecer letras que tem pingo no seu nome;
-comparar os nomes quanto ao tamanho (o seu com o do seu colega);
-copiar seu nome;
-familiarizar – se com o tesouro de palavras (palavras significativas para a turma);
-copiar palavras do tesouro;
- reconhecer vogais e consoantes nas palavras do tesouro e nos nomes;
-identificar palavras que começam com as letras e sílabas das palavras do tesouro;
- comparar o tamanho da criança com o tamanho do seu nome;
- reconhecer que a escrita se faz da esquerda para a direita e de cima para baixo;
- prática da escrita espontânea, utilizando o conhecimento que dispõe ;
- valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento;
-participação nas situações em que as crianças leiam (ainda que de forma não tradicional) textos de diferentes gêneros (contos, poemas, notícias de jornais, informativos, parlendas , trava- línguas, etc.);
- participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da escrita;
- produção de textos individuais e/ou coletivos;
- substantivo – gênero (masculino e feminino);
-encontros vocálicos.



2 - Linguagem plástica e visual
- experimentação de diferentes materiais (massa, tinta, areia, argila, lixas, plásticos, isopor, tecidos, etc.);
- imprimir marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
- manusear um instrumento sobre diferentes superfícies (lápis, pincel, etc.);
- utilizar o mesmo material, em diversas situações (esponja, carimbos, etc.);
- observação de imagens significativas para a criança;
- contato com a produção de arte presente nos museus, igrejas, livros e exposições;
- conhecimento da diversidade de produções artísticas (desenhos, pinturas, fotografias, esculturas, etc.);
- técnicas artísticas com o seu próprio nome;
- apreciação e leitura de produções artísticas (suas e de seus colegas);
- recorte de diversos materiais (papel, papelão, plástico, isopor) utilizando o dedo e a tesoura;
-criação de produções artísticas (pinturas, colagens, modelagens, etc.);
- conhecer obras artísticas (regionais, nacionais e internacionais) e seus respectivos produtores;
- confecção de objetos e maquetes utilizando técnicas de desenho, pintura, modelagem e material de sucata;
- confecção de dobraduras.




3 - Linguagem Musical

-exploração e reconhecimento de sons (vocais e não vocais, onomatopaicos e instrumentais);
-exploração e reconhecimento de ritmos (aliados à melodia, aliados a palmas, batidas dos pés ou instrumentos musicais);
-conhecimento de canções folclóricas, populares e relacionadas ao tema trabalhado;
-reconhecimento da intensidade, altura e duração do som;
- a vivência da organização do som e silêncio com a voz, o corpo e materiais musicais;
- escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos e épocas (erudita, popular, regional, cancioneiro infantil);
- participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos;
- conhecimento de obras ouvidas e seus compositores;
- confecção de instrumentos;
-origem e história do instrumento musical;
-fazer música por meio de improvisação ou composição.

4 - Linguagem Matemática

É importante ressaltar que a classificação e a seriação têm papel fundamental na construção de conhecimento em qualquer área, não só na matemática. Quando a criança constrói conhecimentos sobre conteúdos matemáticos, como sobre tantos outros, as operações de classificação e seriação necessariamente são exercidas e se desenvolvem.

4.1 – Grandezas e Medidas

-igualdade e diferença entre os elementos segundo atributos de tamanho, peso, volume, temperatura, textura, sabor, odor, som e forma;
-experiências envolvendo noções de tempo, tamanho e volume.

4.2 – Numerais e Sistemas de Numeração

- conhecimentos mnemônicos envolvendo números;
-utilização da contagem oral sempre que necessário;
-utilização de registros não convencionais;
- identificação dos números partindo dos registros não convencionais;
- trabalho com diferentes quantidades, adicionando, subtraindo e repartindo elementos;
- sistema monetário (moedas e cédulas brasileiras);
-números ordinais;
- correspondência termo a termo.

4.3 – Espaço e Forma

- exploração e conhecimento do lugar que seu corpo ocupa no espaço em relação a outros objetos (perto/ longe atrás/ na frente);
- representar espaços numa outra dimensão (construindo torres e cidades através de blocos de madeira ou encaixe);
-identificação de pontos de referência para situar-se e deslocar- se no espaço;
- curvas abertas e fechadas (partindo do seu próprio corpo);
- linhas retas e ponto;
- direita e esquerda;
- figuras geométricas (identificar através do tato, identificar na realidade e representar no plano, classificar os blocos lógicos segundo os quatro atributos, reproduzir as figuras).

5 – Conhecimento Natural e Social

- vias de circulação (meios de transporte e trânsito)
- conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas;
- cuidado com seu próprio corpo;
- experimentação das transformações decorrentes de mistura de elementos e materiais (areia, argila, água, farinha, etc.);
- explorar diversos objetos que produzem som, brinquedos, livros e materiais de empilhar e encaixar;
-experimentação das diversas temperaturas da água;
-experimentação com objetos (corpos que afundam, corpos que flutuam);
- vivenciar brincadeiras e histórias que envolvam luz e sombra;
-constatação da existência do ar (estourar sacos de papel, movimentar cata-ventos, brincar com bolinhas de sabão, ter balões de ar esvaziados sobre si);
- ampliar e valorizar a cultura do seu grupo;
- conhecimento do espaço físico da escola, suas dependências e materiais disponíveis;
- identificação das pessoas que trabalham na escola;
- valorização da história de vida da família através de contato visual de um painel com fotos de pais, mães e irmãos;
-conhecer os modos de ser viver e trabalhar de alguns grupos sociais;
-identificação de alguns papéis sociais existentes em seus grupos (família, escola, bairro);
- conhecimento das etapas da vida;
- observação dos fenômenos da natureza e como esses interferem em sua vida;
- reconhecimento de diferentes fontes de calor (sol, fogueira, lampião, fogão);
- reconhecimento de diferentes fontes de luminosidade (sol, lâmpada, lanterna);
-conhecimento dos vegetais como seres vivos;
- cuidado com os vegetais;
-constatação das necessidades dos vegetais (água, ar, terra, luz);
-observação e experiências relacionadas aos estados da água;
-identificação do homem como animal e suas necessidades (alimento, água, ar, calor, luz);
-conhecimento do corpo humano (partes do corpo, o corpo por dentro);
-exploração dos órgãos dos sentidos;
- reconhecimento dos seres não vivos (minerais);
- conhecimento dos animais, suas características físicas (alimentação, locomoção, som que produz, hábitat, tamanho, cor, bico/ boca, pata / garra, pêlo/ pena/ escama e suas necessidades, água/ ar);
- reconhecimento dos animais como seres vivos;
-cuidado com os animais;
- identificação do que o homem faz dos animais (alimentação, criação, transporte);
- reconhecimento de si mesmo como membro de uma família;
- diferenças entre as famílias;
- respeito aos diversos valores e costumes;
- identificação dos componentes da família (relação de parentesco);
- compreensão da organização e do funcionamento da escola (regras relativas ao trabalho coletivo, direito e deveres);
-cuidados com os materiais e o ambiente;
- reconhecimento do trabalho e de sua importância para a sociedade;
- identificação das especificidades da vida rural e urbana (habitação, trabalho e profissões, meios de comunicação e de transportes);
- conhecimento da ação do homem, de suas criações e como esses interferem na sociedade (vacinas, óculos, aparelhos elétricos e eletrônicos).

6 – Linguagem Corporal

- contato com materiais de diferentes texturas e temperatura com o objetivo de proporcionar experiências significativas no que diz respeito à sensibilidade corporal;
- reconhecimento de segmentos do próprio corpo por meio da exploração das brincadeiras e do espelho;
- desenvolver as possibilidades expressivas das mímicas faciais e gestos;
- explorar movimentos ajustados a um ritmo;
- explorar diferentes posturas corporais;
- descoberta e exploração do movimento através do uso de cilindros e bolas de diversos tamanhos;
- aperfeiçoamento de gestos relacionados com a preensão, através de jogos de lançamento;
- utilização de recursos como, por exemplo, túneis de pano, com o objetivo de desenvolver recursos de deslocamento e de habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras.




















FASE 6

1 - Linguagem oral e escrita

-ampliação do vocabulário (relato de experiências vividas e narração de fatos em seqüência temporal e causal);
-interação através da linguagem (conversas informais, transmissão de avisos e recados, relatos de experiência, verbalização de idéias, etc.);
-participação em situações que envolvem a necessidade de explicar e argumentar suas idéias e pontos de vista;
-conhecimento de várias modalidades de linguagem oral (histórias, músicas, poesias);
-perceber a função social da escrita (cartas, convites, recados);
-narração e criação de histórias (com ou sem livro, individual ou coletivamente, obedecendo à ordem cronológica);
-representação de idéias através dos desenhos e da escrita;
-estabelecer contato diário com o alfabeto maiúsculo e minúsculo (script) e com os números;
-identificar as letras do alfabeto através de jornais e revistas;
-familiarizar-se com o seu próprio nome;
-reconhecer seu nome entre os nomes dos colegas;
-reconhecer a letra que inicia seu nome e os nomes dos colegas, utilizando jornais e revistas;
-diferenciação entre desenho e escrita;
-diferenciação entre letras e números;
-produção de livros e histórias;
-confecção de painéis com rótulos, obedecendo a critérios estabelecidos (alimentação, brinquedos,...);
-confecção de murais seguindo o tema trabalhado;
-reconhecer letras que tem pingo no seu nome;
-comparar os nomes quanto ao tamanho (o seu com o do seu colega);
-copiar seu nome;
-familiarizar – se com o tesouro de palavras (palavras significativas para a turma);
-copiar palavras do tesouro;
- reconhecer vogais e consoantes nas palavras do tesouro e nos nomes;
-identificar palavras que começam com as letras e sílabas das palavras do tesouro;
- comparar o tamanho da criança com o tamanho do seu nome;
- reconhecer que a escrita se faz da esquerda para a direita e de cima para baixo;
- prática da escrita espontânea, utilizando o conhecimento que dispõe;
- valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento;
-participação nas situações em que as crianças leiam textos de diferentes gêneros (contos, poemas, notícias de jornais, informativos, parlendas, trava-línguas, etc.);
- participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da escrita;
- produção de textos individuais e/ou coletivos;
- substantivo – gênero (masculino e feminino);
-encontros vocálicos.




2 - Linguagem plástica e visual
- experimentação de diferentes materiais (massa, tinta, areia, argila, lixas, plásticos, isopor, tecidos, etc.);
- imprimir marcas gráficas utilizando o próprio corpo;
- manusear um instrumento sobre diferentes superfícies (lápis, pincel, etc.);
- utilizar o mesmo material, em diversas situações (esponja, carimbos, etc.);
- observação de imagens significativas para a criança;
- contato com a produção de arte presente nos museus, igrejas, livros e exposições;
- conhecimento da diversidade de produções artísticas (desenhos, pinturas, fotografias, esculturas, etc.);
- técnicas artísticas com o seu próprio nome;
- apreciação e leitura de produções artísticas (suas e de seus colegas);
- recorte de diversos materiais (papel, papelão, plástico, isopor) utilizando o dedo e a tesoura;
-criação de produções artísticas (pinturas, colagens, modelagens, etc.);
- conhecer obras artísticas (regionais, nacionais e internacionais) e seus respectivos produtores;
- confecção de objetos e maquetes utilizando técnicas de desenho, pintura, modelagem e material de sucata;
- confecção de dobraduras.

3 - Linguagem Musical

-exploração e reconhecimento de sons (vocais e não vocais, onomatopaicos e instrumentais);
-exploração e reconhecimento de ritmos (aliados à melodia, aliados a palmas, batidas dos pés ou instrumentos musicais);
-conhecimento de canções folclóricas, populares e relacionadas ao tema trabalhado;
-reconhecimento da intensidade, altura e duração do som;
- a vivência da organização do som e silêncio com a voz, o corpo e materiais musicais;
- escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos e épocas (erudita, popular, regional, cancioneiro infantil);
- participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos;
- conhecimento de obras ouvidas e seus compositores;
- confecção de instrumentos;
-origem e história do instrumento musical;
-fazer música por meio de improvisação ou composição.

4 - Linguagem Matemática

É importante ressaltar que a classificação e a seriação têm papel fundamental na construção de conhecimento em qualquer área, não só na matemática. Quando a criança constrói conhecimentos sobre conteúdos matemáticos, como sobre tantos outros, as operações de classificação e seriação necessariamente são exercidas e se desenvolvem.

4.1 – Grandezas e Medidas
Opções de postagem Marcadores para esta postagem:exemplo, patinetes, férias, outono Todos os marcad
-experiências envolvendo noções de tempo, tamanho e volume.

4.2 – Numerais e Sistemas de Numeração

- conhecimentos mnemônicos envolvendo números;
-utilização da contagem oral sempre que necessário;
ores: Comentários dos l
eitores Permitir Não permitir, e mostrar existentes
Não permitir, e ocultar existentes Hora e data da postagem.
 Salvar como rascunho  
-números ordinais;
 Publicar
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- utilização de recursos como, por exemplo, túneis de pano, com o objetivo de desenvolver recursos de deslocamento e de habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras.


FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL


Compreendemos a criança como um ser humano completo, ativo e capaz, sujeito social e histórico inserido em uma sociedade, em uma cultura, pertencente a uma determinada família; influenciada pelo meio, mas por sua vez, transformadora desse meio. Um ser que se desenvolve na e pela interação com seus pares.
Segundo o volume 2 do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil :
Saber o que é estável e o que é circunstancial em sua pessoa, conhecer suas características e potencialidades e reconhecer seus limites é central para o desenvolvimento da identidade e para a conquista da autonomia. A capacidade de terem confiança em si próprias e o fato de sentirem - se aceitas, ouvidas, cuidadas e amadas oferecem segurança para a formação pessoal e social. A possibilidade de desde muito cedo efetuarem escolhas e assumirem pequenas responsabilidades favorece o desenvolvimento da auto - estima, essencial para que as crianças se sintam confiantes e felizes.(p.11)

Ainda segundo o documento o desenvolvimento da identidade e autonomia estão vinculados aos processos de socialização:


Nas interações sociais se dá a ampliação dos laços afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com os adultos, contribuindo para que o reconhecimento do outro e a constatação das diferenças entre as pessoas sejam valorizadas e aproveitadas para o enriquecimento de si próprias (p.11)

Propomos criar condições para interação e a socialização, levando a criança a se perceber e perceber o outro com características e histórias de vida próprias, valorizando a diversidade cultural, descobrindo e dando novos significados aos valores, inserindo as crianças nas relações éticas e morais que permeiam nossa sociedade.
A construção da identidade ocorre de forma gradativa, sendo uma marca de diferença entre as pessoas, ocorrendo por meio das interações sociais da criança, fazendo com que ela perceba a diversidade existente em seu meio, percebendo o outro com características e histórias de vida diferentes da sua, acionando seus próprios recursos e desenvolvendo sua autonomia.
. Piaget admite que na criança existem dois tipos de moral, ou seja, duas maneiras de se conduzir em relação aos seus pares e aos adultos. Para ele o respeito constitui o sentimento fundamental que possibilita a aquisição das noções morais.
Ainda segundo o autor, existem dois tipos de respeito. O respeito unilateral que implica a desigualdade entre o que respeita e aquele que é respeitado, por exemplo, o respeito chamado unilateral que implica a desigualdade entre o que respeita e aquele que é respeitado (do menor pelo maior) e o respeito mútuo, assim chamado porque os indivíduos que se relacionam se consideram como iguais e se respeitam reciprocamente. Esses dois tipos de respeito explicam a existência de duas morais: A moral heterônema que resulta da coação do adulto sobre a criança e, portanto, do respeito unilateral e a moral autônoma que resulta do respeito mútuo.
A moral da criança inicialmente é essencialmente heterônoma, isto é, depende de uma vontade exterior.
Segundo o Referencial Nacional para a Educação Infantil:

A passagem da heteronomia para a autonomia supõe recursos internos (afetivos e cognitivos) e externos (sociais e culturais). Para que as crianças possam aprender a gerenciar suas ações e julgamentos conforme princípios outros que não o da simples obediência, e para que possam ter noção da importância da reciprocidade e da cooperação numa sociedade que se propõe a atender o bem comum, é preciso que exercitem o autogoverno, usufruindo de gradativa independência para agir, tendo condições de escolher e tomar decisões, participando do estabelecimento de regras e sanções. (p.15)

Compartilhamos da idéia de que as regras exteriores não se tornam regras da criança, senão quando ela as adota e as constrói em total liberdade, não queremos formar sujeitos que se comportam de uma determinada maneira pelo desejo de receber um elogio ou evitar uma punição. Pelo contrário queremos formar sujeitos que regulem seu próprio comportamento de maneira voluntária, sem pressão coerciva, dizendo a verdade ou mantendo suas promessas, por exemplo, por variadas razões. Diz a verdade porque que estabelecer uma relação de confiança mútua que vão além de um benefício imediato (evitar um castigo mentindo) . No entanto, é impossível evitar totalmente a coerção e para que as crianças respeitem regras inevitáveis os adultos usam sanções. Piaget estudou os tipos de sanções utilizadas pelos adultos e formalizou dois tipos principais: as sanções expiatórias e as sanções por reciprocidade. As sanções expiatórias é uma relação arbitrária entre a sanção e o ato sancionado, onde não existe qualquer relação lógica como, por exemplo, privar a criança de assistir TV por ter rasgado o livro. Já a sanção por reciprocidade existe uma relação lógica, caso a criança rasgue o livro o adulto pode dizer que terá que proibir que ela utilize o canto dos livros, pois, caso contrário, a turma ficará sem “livros bonitos”. A criança, nesta situação, pode escolher manipular os livros cuidadosamente, pois a exigência parece razoável.
Temos como prioridade formar cidadões capazes de tomar decisões, levando em consideração suas perspectivas e a dos outros, compreendendo que as regras são passíveis de discussões, desde que haja acordo entre os envolvidos.


Antes de me organizar, tenho que me desorganizar inteiramente. Para experimentar o primeiro e passageiro estado primário da liberdade. Da liberdade de errar, cair e levantar - me.
( Clarisse Lispecto)


AVALIAÇÃO


A avaliação do aproveitamento escolar deveria ter por base uma concepção inclusiva e diagnóstica, tendo como objetivo detectar as dificuldades do aluno para saber de que forma interferir para ajudá-lo a avançar. A avaliação ocorrerá mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento do educando, sem o objetivo de promoção, como preconiza a lei 5692/96.
No final de cada ciclo o professor construirá um relatório individual, em duas vias, com base nos registros diários, sendo um entregue aos pais e outro arquivado na pasta do aluno para uso da instituição.
Esclarecemos que os relatórios serão divididos com base nos 8 ciclos do ano letivo, sendo que no 1º, 3º, 5º e 7º ciclos priorizaremos a Formação Pessoal e Social e no 2º, 4º,6º e 8º ciclos priorizaremos as Áreas de conhecimento.
Os relatórios, diferentemente das fichas que avaliam os três níveis de desenvolvimento (cognitivo, social e emocional), não fragmentam o desenvolvimento humano. Eles representam a análise e a reconstituição da situação vivida pela criança na interação com o professor.
Segundo Hoffman:

A análise das atividades e comportamentos do estudante, como um domínio afetivo diferenciado do domínio cognitivo e do domínio psicomotor é reflexo das influências teóricas de Benjamin Bloom dos anos 70, que aponta esses três domínios a serem avaliados em relação ao educando. Por influência dessa teoria, passou - se a avaliar o estudante em cada um dos três domínios, mas como aspectos dissociados, cometendo - se muitos equívocos decorrentes de uma análise fragmentada do seu desenvolvimento. Ainda hoje inúmeras escolas, principalmente instituições de Educação Infantil, apresentam boletins e fichas de avaliação onde aparecem comportamentos a serem alcançados pelos alunos subdivididos nessas áreas. (p.38)

O relatório requer reflexão, quando o professor elabora um relatório de acompanhamento da criança, ele assume um compromisso com ela, pois não se trata de registrar mecanicamente tudo o que se vê, porém requer observação.
Segundo Madalena Freire (1996) a observação é o início do estudo do educador. Ainda segundo a autora: “(...) Através do registro de suas observações e do planejamento, ele estrutura sua reflexão” (p.54). Quando observamos apuramos nosso olhar e refletimos sobre nossa prática. Ainda segundo Freire “(...) É constante rever-se, buscar - se através do entendimento do outro” (p.54). Esse movimento nos leva a uma mudança de valores e atitudes, ou seja, quando observamos estamos nos auto - avaliando.
O relatório de avaliação é o registro do processo de construção de conhecimento da criança e que constitui sua identidade. O que fundamenta os relatórios é o cotidiano da criança, suas falas, descobertas e conquistas que faça nas diferentes áreas do desenvolvimento.
O volume 1 do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil traz a seguinte redação:

A observação e o registro se constituem nos principais instrumentos de que o professor dispõe para apoiar sua prática. Por meio deles o professor pode registrar, contextualmente, os processos de aprendizagem das crianças; a qualidade das interações estabelecidas com outras crianças, funcionárias e com o professor e acompanhar os processos de desenvolvimento obtendo informações sobre as experiências das crianças na instituição. Esta observação e seu registro fornecem aos professores uma visão integral das crianças ao mesmo tempo que revelam suas particularidades.(p. 58 e 59)

Ao avaliar o professor deve ter em mente algumas perguntas?
- Quem é essa criança a que estou me referindo? De onde ela partiu? Quais foram as suas conquistas e descobertas? Quais caminhos percorreu para chegar até elas? Em que áreas de conhecimento/desenvolvimento a criança apresenta avanços? Apresenta alguma área a ser melhor trabalhada? Como pode o professor intervir nesse sentido? Como as crianças se referem quanto aos próprios avanços e ao trabalho que desenvolvem?
Achamos importante ressaltar que a autoavaliação do aluno é muito importante em seu processo de construção de conhecimento de mundo e de sua identidade e autogoverno.
A autoavaliação ocorrerá diariamente através de perguntas baseadas nas regras estabelecidas pela turma no início do ano, e em questões que o professor acreditar relevantes para o avanço da criança nas áreas de conhecimento/desenvolvimento. Tais perguntas serão fixadas em um quadro de pregas e serão respondidas através de desenhos, que indicarão sim ou não (anexo)
A natureza de um relatório de avaliação é olhar para a criança como um ser em construção permanente, não se interessando em apontar o que a criança é ou não capaz de fazer, e quais suas atitudes e hábitos na instituição. Não há lugar para listas de comportamento e/ou critérios de desempenho, para classificações conceituais ou para elaboração de relatórios a partir de roteiros pré - fixados. Serão as próprias crianças, a partir da sua relação com o objeto do conhecimento e com os educadores, que constituirão o conteúdo de cada relatório. É inadmissível frases feitas em repetidas avaliações. Cada criança é um sujeito único.
Em uma avaliação diagnóstica o que importa é o processo e não o resultado, o importante é detectar as dificuldades para saber como interferir e ajudar a criança a avançar. O que importa é o que está acontecendo antes da avaliação, durante a avaliação e o que acontecerá depois dela.
Em anexo exemplo de uma avaliação baseada em 8 ciclos ; devem ser impressas 2 vias uma para a instituição e outra para ser entregue aos pais.


Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
(Thiago de Mello)

Conclusão


A Educação Infantil está tomando um lugar de destaque na educação nacional com novas tendências se estabelecendo. A modificação da idéia que se tem sobre instituições de atendimento de crianças de 0 a 6 anos deve - se à construção de conhecimentos sobre Educação Infantil, construções essas que tem ocorrido tanto por meio de pesquisas, como por meio de práticas dos educadores.
A criança passou a ser vista como sujeito de aprendizagem desde o nascimento, estando na creche ou pré - escola para receber a educação que tem direito, desenvolvendo seu potencial tão rico nessa fase.
Terminou a idéia de que o objetivo das creches é apenas cuidar da criança enquanto sua mãe trabalha, terminou a idéia de que a Educação Infantil é um período preparatório para a “escola de verdade”, terminou a idéia de que os educadores dessas crianças podem ser qualquer um, não importando seu perfil, seu preparo, sua formação.
A partir do momento que a Educação passa a ser vista como um espaço educativo que tem como objetivo enriquecer o desenvolvimento da criança e sua inserção cultural, se faz necessário repensar sobre o profissional que com ela trabalha. A Educação Infantil visa promover a integração dos aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais das crianças de 0 a 6 anos, devendo ser realizada por educadores devidamente preparados, pois nenhuma prática educativa é neutra, e sempre deixa marcas que as crianças levarão para o resto da vida.
Acreditamos que o sujeito de aprendizagem é um ser cognoscente, ou seja, com diversas dimensões, com funcionamento dinâmico e em construção permanente, sendo não somente modificado pelo seu meio, porém tendo a possibilidade de modificá-lo, e portanto valoriza o sujeito autônomo e crítico que possa transformar a sociedade.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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NISKIER, Arnaldo. LDB: a nova lei da educação. 4. ed. Rio de Janeiro: Consultor, 1997.
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